Flavia Andrade/Capital News
Agentes penitenciários vão se unir a outras categorias na Praça Ary Coelho
Agentes penitenciários de Mato Grosso do Sul aderiram à paralisação nacional e vão suspender as atividades por 24 horas. A ação está prevista para esta quarta-feira (15) e deve mobilizar servidores por pelo menos 8 horas em frente ao Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande.
Ação é uma represália ao projeto de reforma previdenciária e constitucionalização da carreira do servidor penitenciário proposto pelo presidente em exercício, Michel Temer. Devem participar também policiais rodoviários federais, agentes da Polícia Civil, Federal e da Guarda Municipal.
Conforme decisão tomada durante Assembleia Geral da categoria na tarde da última quinta-feira (9), realizada na sede do Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária de Mato Grosso do Sul (Sinsap), desde 1h de hoje, serviços realizados dentro das unidades penais serão interrompidos, sendo eles: atendimento aos advogados, oficiais de justiça, banho de sol dos detentos, visitas, assistência religiosa, penal, laborativa, educacional, atendimento a pauta da justiça. Atendimentos da saúde só serão realizados em caso de emergência ou hemodiálise.
Sobre a proposta, o presidente do Sinsap afirmou que as mudanças vão contra a realidade brasileita. “Nossa expectativa de vida é de 45 anos, como vamos nos aposentar aos 65? Como um idoso terá vitalidade física para garantir a segurança dentro de um Sistema Penal, que é falido e não oferece nenhuma estrutura, onde a massa carcerária tem faixa etária de 20 anos é humanamente impossível”, destacou.
Sobre a PEC 308, o diretor jurídico da Fenaspen, Afonso Blan, disse que a proposta “irá tornar a profissão do Agente Penitenciário constitucional, fazendo com o que o servidor penitenciário seja inserido no artigo 114 da constituição, o que será um marco para nossa categoria”, explicou.
Além de Mato Grosso do Sul, outros 22 estados aderiram a paralisação marcada para acontecer na próxima semana.
