O vice-presidente da Força Sindical Regional Mato Grosso do Sul, Estevão Rocha dos Santos, quer o congelamento da tarifa de transporte coletivo de Campo Grande, nos atuais R$ 2,50, por um ano. Estevão alega que esse é o valor mais elevado do País.
“Contra fatos não existe argumentos. E os fatos são esses. O valor de R$ 2,50 até hoje ainda é uma das mais altas tarifas de transporte coletivo do País. Em Capitais com população muito maior que Campo Grande o valor é menor. Portanto, não adianta vir com planilhas ou qualquer justificativa para conceder um aumento agora, pois o trabalhador já pagou caro pela passagem”, afirma Estevão Rocha sobre qualquer justificativa do prefeito Nelson Trad Filho e dos empresários do setor que alegaram na semana passada que um aumento seria necessário para suprir perdas ocorridas ao longo do ano passado.
A Força Sindical pede o empenho dos vereadores na luta pelos interesses daqueles que os elegeram. “A Câmara de Vereadores não pode ficar inerte diante de mais uma ameaça contra o bolso dos trabalhadores. É dever daquela Casa de Leis promover justiça social e acatar medidas que beneficiam a maioria da população. Se os vereadores não se levantarem de seus gabinetes com ar condicionado e atentarem para o clamor da população que não suporta pagar mais caro pelo transporte coletivo, eles servem para que?”, questiona Estevão Rocha.
Superlotação
Outro fator questionado por Estevão é em relação a superlotação do transporte coletivo. “A população é obrigada a conviver, diariamente e em todas as linhas, com a superlotação dos ônibus. Esse problema não ocorre somente nos períodos de pico como tentam justificar o poder público e os empresários. O problema da superlotação tem sido sistematicamente denunciado na imprensa e pela imprensa, sem que medidas cabíveis sejam tomadas”, enfatiza.
“Esperamos que o prefeito Nelson Trad Filho acate a sugestão de congelamento da tarifa. Trata-se de um pedido que não é nosso, mas da população campo-grandense que é um povo pacífico e ordeiro”, argumento Estevão Rocha.
Reajuste
Na última sexta-feira (26) o prefeito Nelson Trad Filho (PMDB) decretou a fixação da tarifa de ônibus paga na Capital a R$ 2,50. A medida entra em vigor em 1º de março. O reajuste é de 8,7% e atinge 68% da população.
Atualmente, paga-se R$ 2,30 com o cartão eletrônico e R$ 2,50 pelo pagamento em dinheiro. Em reunião realizada esta semana, o diretor-presidente da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), Rudel Trindade, informou que faria um “congelamento”. Só que, o prefeito resolveu “congelar” no valor mais alto.
