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Economia Sexta-feira, 20 de Abril de 2018, 12:43 - A | A

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Comércio Exterior

Exportação de industrializados soma US$ 842,7 mi em três meses

Considerando o resultado do mês de março, receita saiu US$ 236,8 milhões para US$ 276,2 milhões, comparado ao ano passado

Flávio Brito
Capital News

Divulgação/Assessoria

Exportação de industrializados soma US$ 842,7 mi em três meses

Papel e Celulose está entre os grupos que mais contribuíram 

A receita com as exportações de produtos industrializados de Mato Grosso do Sul soma US$ 842,7 milhões, considerando os resultados da balança comercial do Estado entre janeiro e março deste. De acordo com as informações divulgadas pelo Radar da Fiems nesta sexta-feira (20), o montante representa aumento de 22% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando a receita foi de US$ 691,3 milhões

 

Ainda de acordo com a Fiems, na comparação de março de 2017 com o mês passado, a receita com a exportação de produtos industriais registrou crescimento de 17%, saindo de US$ 236,8 milhões para US$ 276,2 milhões. O presidente da Fiems, Sérgio Longen, reforça que, no início do ano, já era prevista a retomada do crescimento e os indicadores econômicos começam a demonstrar resultados satisfatórios. 

 

Segundo o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, o montante obtido no mês de março é o melhor resultado registrado para o mês em toda a série histórica das exportações industriais de Mato Grosso do Sul. “Quanto ao volume exportado, na comparação mensal, tivemos aumento de 27%, enquanto na comparação anual registramos aumento de 29% em relação a 2017”, analisou.

 

Os grandes responsáveis por esse bom desempenho continuam sendo os grupos da “Celulose e Papel”, “Complexo Frigorífico”, “Extrativo Mineral”, “Óleos Vegetais”, “Açúcar e Etanol” e “Couros e Peles”, que, somados, representaram 98,2% da receita total das vendas sul-mato-grossenses de produtos industriais ao exterior. No caso do grupo “Celulose e Papel”, a receita no período avaliado foi de US$ 408,5 milhões, crescimento de 67% comparado com a somatória de janeiro a março de 2017, dos quais 97,3% foram obtidos apenas com a venda da celulose (US$ 398 milhões).

 

Os principais compradores foram a China, com US$ 198,4 milhões, Itália, com US$ 50,1 milhões, Holanda, com US$ 39,1 milhões, Estados Unidos, com US$ 26,3 milhões, e Coreia do Sul, com US$ 15,6 milhões. “Depois de avançarem até 50% no ano passado, os preços internacionais da celulose seguem em alta em 2018, mas com ritmo mais moderado especialmente na Ásia. No último trimestre do ano passado, a valorização chegou a US$ 90 por tonelada no mercado europeu e a US$ 73 na China”, informou Ezequiel Resende.

 

Cenário econômico

“A queda da inflação e da taxa básica de juros, a Selic, e um cenário internacional favorável fortaleceram a venda de alguns produtos industriais fabricados em Mato Grosso do Sul, tais como o minério de ferro, concentrado em Corumbá, e a celulose e papel, cujo grande polo nacional está em Três Lagoas. Enfim, a indústria vem respondendo bem ao processo de recuperação econômica e nós esperamos avançar ainda mais”, pontuou.

 

Já o secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, acrescenta que esses números indicam que Mato Grosso do Sul mudou de patamar nas exportações. “No ano passado, uma nova planta de celulose começou a operar, o que colocou esse produto de forma definitiva na pauta de exportações do Estado. Além disso, apesar da crise, o complexo frigorífico expandiu a produção e, claramente, há um aquecimento na demanda mundial pela carne bovina e de aves produzida no Brasil”, destacou.

 

Ele ainda ressalta que a mineração também recuperou seu espaço na pauta de exportações do Estado, o que ajuda em muito o município de Corumbá. “Saímos da exportação de minério ferro somente para a Argentina e começamos a exportar também para o Uruguai, isso recompõem o nosso volume de exportação de minério. Ou seja, em resumo, o cenário está bastante positivo para os produtos industriais de Mato Grosso do Sul”, garantiu.

 

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