O dólar seguiu o maior apetite por risco no mercado internacional e fechou em baixa pelo segundo dia seguido nesta terça-feira (1º), caindo à cotação mais baixa em quase um mês.
A moeda norte-americana recuou 0,59%, para R$ 1,664 na venda. É o menor nível desde o dia 4 de janeiro. Na véspera, a cotação do dólar recuou 0,65%, vendida a R$ 1,674. Ainda assim, a moeda fechou o mês de janeiro com valorização acumulada de 0,48%.
A maré de otimismo no mercado global se sustentou em dados mais fortes que o esperado sobre a atividade econômica. O índice do setor manufatureiro da zona do euro subiu a 57,3 em janeiro, ante previsão de 56,9, e o mesmo índice para os Estados Unidos avançou a 60,8 em janeiro, máxima desde 2004.
Moedas de perfil semelhante ao real, como o dólar australiano, também se beneficiaram do cenário mais propício a aplicações de risco e subiram cerca de 1%.
A segunda queda seguida do dólar após um período de variações estreitas aumenta a atenção do mercado para possíveis medidas adicionais do governo contra a valorização do real.
De acordo com Moacir Marcos Júnior, operador de câmbio da corretora Interbolsa, entre as possibilidades com as quais o mercado trabalha está uma elevação adicional do imposto sobre a entrada para capital estrangeiro em renda fixa.
Ao longo de janeiro, o Banco Central intensificou a atuação no mercado de câmbio, comprando dólares à vista, a termo e no futuro por meio de swaps cambiais reversos.
A intervenção desta terça-feira se resumiu a dois leilões de compra de dólares no mercado à vista, com taxas de corte a R$ 1,6645 e R$ 1,6622.(G1)