Campo Grande Sexta-feira, 03 de Maio de 2024


Cultura e Entretenimento Segunda-feira, 10 de Agosto de 2009, 19:02 - A | A

Segunda-feira, 10 de Agosto de 2009, 19h:02 - A | A

Peça Paredes Revisitadas pode ser vista de graça na terça

Marcelo Eduardo - Redação Capital News (www.capitalnews.com.br)

O grupo de teatro Mercado Cênico, de Campo Grande, se apresenta com entrada gratuita no 3º Festcamp (Festival de Campo Grande), na terça-feira, 11 de agosto, no teatro Glauce Rocha, no campus da Capital da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). A peça Paredes Revisitadas começa às 20h.

O espetáculo estreou em março deste ano e tem percorrido várias brasileiras. O grupo já apresentou a peça 25 e ainda tem uma agenda até o fim do ano.

Poucos movimentos, poucos gestos, não existe toque físico somente a tortura mental. Uma sala, “baratas” e o inferno. Questionando a condição humana, em suas crenças e ações. O espetáculo é um drama que mostra a linha tênue que existe entre o ato bom e mau dos seres humanos. Baseado na obra do filósofo francês Jean-Paul Sartre, cujo existencialismo é fundamentado na morte como uma contingência.

O diretor da peça, Vitor Hugo Samudio, adaptou de forma intrigante e curiosa a história de três personagens que juntos descobrem o verdadeiro inferno por meio de suas condutas, frustrações. É rompida a “carapaça” dos personagens e encontram-se seres humanos negligentes e repugnantes.

A peça mostra Garcia, um literato, Inês, uma funcionária pública e lésbica e Estela, que tem um complexo de aceitação e usa seu corpo em diversas situações. Eles são levados até uma sala fechada e terão que permanecer para sempre ali, enclausurados, condenados a uma vida sem interrupção. Eles têm somente a companhia do outro.

Começam a convivência eterna, crucial. A consciência de cada um se esbarra no muro do outro. Inês se sente atraída por Estela, que se sente atraída por Garcia, que tenta se esquivar até o momento em que revela que não poder amar Estela, porque a conhece demais. Então Estela, movida por seu complexo, traz para Garcia a questão do desejo. Ela só precisa disso.

Nos primeiros instantes do drama eles ainda mantêm relação com o mundo terreno, até o momento em que são desligados por completo das vozes e imagens, passando a restar somente eles e as baratas. Assim, passam a depender da aceitação dos companheiros, sentimento que mistura um jogo de interesses e frustrações.

A peça tem a direção de Vitor Hugo Samudio, com Patrícia de Andrade, Bruno Moser e Glaucia Pires, a voz em off das baratas é do ator e diretor Antonio Abujanra.

Comente esta notícia


Reportagem Especial LEIA MAIS