Com o acesso facilitado à internet, a Polícia Civil orienta os pais para que fiquem atentos quando seus filhos estiverem visitando sites de relacionamento ou utilizando programas de mensagens instantâneas. “A exposição de fotos e dados de pessoas da família ou de sua rotina diária podem ser fontes de informação para criminosos. Um fator importante é saber, de maneira amigável, a senhas dos filhos”, afirma o WebPol da Polícia Civil, Michel Weiler Neves, responsável pelas investigações sobre crime na internet. WebPol é uma nomenclatura dada a policiais que investigam crimes na internet.
De acordo com Michel, diferente dos grandes centros, em Mato Grosso do Sul não há um grande volume de ocorrências registradas sobre crimes virtuais. “Os crimes nesse setor com maior número de registros são contra a honra, como calúnia, difamação e ameaça”, explica ele, lembrando que no Estado não houve registros de crimes mais graves, como seqüestro.
O WebPol conta que o Brasil está em primeiro lugar em acesso a sites de relacionamentos, um dos principais motivos para que os pais tomem todos os cuidados para evitar problemas. “Inocentemente, crianças e adolescentes colocam fotos que, muitas vezes, evidenciam o poder aquisitivo da família e isso pode se tornar um atrativo para pessoas mal intencionadas”, avalia Michel, fazendo alerta aos pais de que o acesso a sites de relacionamentos é proibido para menores de 18 anos, já que para assinar o termo de responsabilidade ao se cadastrar fica explícito que o usuário tem que ter responsabilidade jurídica.
Mesmo na era da informática, conforme o investigador, muito pais continuam alheios a essa tecnologia, o que facilita o acesso dos filhos sem qualquer monitoramento. “Os pais precisam conhecer os sites e ferramentas utilizadas pelos seus filhos na web. Eles devem ter curiosidade de saber como funcionam os sites de relacionamento, como o Orkut, e ferramentas de mensagens instantâneas, como o MSN”, alerta.
Para Michel, os pais precisam orientar os filhos sobre os riscos de conversar com desconhecidos e procurar acompanhar os filhos quando eles estiverem acessando a internet. “Não é recomendado que crianças e adolescentes freqüentem locais que disponibilizam computadores com acesso à internet, como as lan houses”, ressalta. Outro procedimento importante, continua ele, é denunciar fatos e pessoas suspeitas. “Mesmo que a pessoa utiliza nome falso, temos como identificá-la através do protocolo de internet (IP)”, finaliza.
As denúncias podem ser feitas nas delegacias da Polícia Civil ou através do site www.pc.ms.gov.br. Denúncias anônimas podem ser feitas pelo disque-denúncia nacional, através do número 100. Em caso de dúvidas e orientações sobre os procedimentos adotados ligar no número (67) 3318-7973 (em horário comercial) ou na Delegacia Virtual, que atende 24 horas, através do telefone (67) 3318-7981. (Notícias MS)
