Os pescadores têm poucos dias de pesca nos rios de Mato Grosso do Sul, por causa do período da Piracema que se aproxima e terá início no dia 5 de novembro. A pesca ficará proibida até o dia 28 de fevereiro do ano que vem e será permitido apenas que pescadores profissionais artesanais e moradores ribeirinho poderão fazer o uso dos rios, e por determinação, apenas três quilos diários serão aceitos para consumo.
O monitoramento dos cardumes é feito pelo Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), que irão intensificar o acompanhamento e o trabalho é feito ano todo, pelo menos uma vez por mês. O período da Piracema facilita o acompanhamento dos rios e a organização de regras de defesa da reprodução dos peixes.
Os peixes dependem da reprodução e uma série de fatores está incluído nessa reprodução, inclusive a fotoperíodo, que é a quantidade de luminosidade que o cardume disponibiliza, a temperatura da água e alguns outros fatores biológicos.
A desovação dos peixes acontecem em determinado período, como de outubro a março, e na maioria das vezes buscam as corredeiras para desovar. “Na maioria de exemplares de curimbatás Prochilodus lineatus analisados recentemente, observamos que estavam com pouquíssima gordura na cavidade abdominal e não estavam se alimentando, além do fato das gônadas (estruturas reprodutivas) estarem bem desenvolvidas, o que somados a uma série de fatores indica que a reprodução está próxima”, explica a bióloga Fânia Campos.
A bióloga também detalha que esse tipo de proibição, ajuda a garantir que exista peixes suficientes para anos futuros. “O que buscamos é proteger o pico da reprodução”, finaliza.