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Cotidiano Terça-feira, 23 de Janeiro de 2018, 13:24 - A | A

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TECNOLOGIA

Passagens rodoviárias podem ser compradas e salvas no celular

Passageiros não precisam imprimir ou buscar bilhetes no guichê da empresa

Esthéfanie Vila Maior
Capital News

Edemir Rodrigues / Governo de MS

Passagens rodoviárias podem ser compradas e salvas no celular

No último dia 16 de janeiro, foi emitido o primeiro Bilhete de Passagem Eletrônico

Já está disponível em Mato Grosso do Sul o Bilhete de Passagem Eletrônico (BP-e). As passagens rodoviárias podem ser adquiridas pela internet e salvas nos celulares dos passageiros, sem necessidade de imprimir ou buscar no guichê da empresa. 

 

A Secretaria de Fazenda (Sefaz) desenvolveu o projeto piloto, que está disponível para as empresas desde o dia 1º de janeiro de 2018.  O secretário de Fazenda, Guaraci Fontana, explica que os novos bilhetes de passagem passam a ser emitidos de forma eletrônica, utilizando sistema semelhante dos demais documentos eletrônicos já estabelecidos no Brasil.

 

“A inovação traz uma série de benefícios, como facilidade e simplificação das obrigações acessórias, além do incentivo ao uso de novas tecnologias e a redução do uso de papel, com impactos ecológicos positivos ao meio ambiente”, destaca.

 

Além da inovação e comodidade, o novo sistema de vendas atende às exigências da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para adoção de soluções eletrônicas.

 

 

“As empresas estão muito interessadas, pois existe uma grande cobrança da ANTT. Antes, as empresas eram obrigadas a emitir as passagens somente por um equipamento que a Receita Federal certificava e aceitava, no guichê da rodoviária ou balcão das empresas. Agora o empresário é livre desde que autorize o documento na Sefaz. Efetua o cadastro, credencia a empresa e o CNPJ fica habilitado para gerar a emissão.”, explica. o coordenador nacional do projeto piloto do BP-e, Daniel Carvalho.

 

Bilhete ida e volta

Outra grande vantagem, é a compra da passagem de ida e volta ao mesmo tempo. Na sistema atual, um passageiro que deseja viajar de Campo Grande para São Paulo, por exemplo, precisa ir ao guichê da rodoviária comprar a passagem de ida. O consumidor até consegue adquirir a volta, mas leva um voucher que precisa ser trocado no guichê em São Paulo, para que o embarque seja autorizado.

 

“Por meio do novo sistema, isso tudo vai ficar no passado. Agora o passageiro vai entrar na internet, fazer a solicitação de ida e volta, marcar as poltronas e vai ser gerado dois bilhetes: um de ida e outro de volta. O melhor disso tudo é que ele tem a opção de imprimir na impressora de casa ou baixar por telefone como fazemos com as passagens de avião, economizando papel e utilizando a tecnologia de forma sustentável”, reforça Daniel.

 

Vendas offline

O coordenador do projeto conta que será possível realizar o que chamam de vendas embarcadas. “Existe uma demanda da agência reguladora federal que obriga as empresas a ter um equipamento eletrônico para fazer o rastreamento do veículo durante as viagens. Incorporando esse equipamento a uma maquininha de cartão, conseguiremos fazer vendas embarcadas. Por exemplo, se uma família está esperando o ônibus em uma fazenda, ou em alguma cidade em que não haja conexão com a internet, vende-se o bilhete com emissão off-line, entrega para o passageiro e quando chegar em um ponto de transmissão o próprio equipamento já envia. Isso flexibiliza e não impede o empresário de vender em um lugar que não tenha conexão, facilitando muito o processo”, pontua.

 

MS, primeiro do Brasil

No último dia 16 de janeiro, foi emitido o primeiro Bilhete de Passagem Eletrônico (BP-e). A venda foi realizada pela empresa Solimões Transportes de Passageiros e Cargas Ltda, do grupo Eucatur, de Dourados com destino a Cascavel. “Outras como a Contijo, Ouro e Prata, Andorinha, já possuem cronograma para entrar em operação nas próximas semanas. As linhas interestaduais estão um pouco adiantadas, mas as intermunicipais também estão trabalhando no sentido de dar mais agilidade às vendas e conforto aos passageiros”, disse Carvalho.

 

O projeto piloto do BP-e é desenvolvido de forma integrada pelas Secretarias de Fazenda das Unidades Federadas, Receita Federal do Brasil (RFB), representantes das empresas de transporte de passageiros e Agências Reguladoras do segmento de transporte, a partir da assinatura do Protocolo Enat, que atribuiu ao Encontro Nacional de Coordenadores e Administradores Tributários Estaduais (Encat) a coordenação e a responsabilidade pelo desenvolvimento e implantação do Projeto BP-e.

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