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Cotidiano Domingo, 17 de Maio de 2015, 08:14 - A | A

Domingo, 17 de Maio de 2015, 08h:14 - A | A

Turismo

Pantanal de Corumbá desponta como destino turístico familiar

Região vem registrando aumento na procura por pacotes turísticos entre famílias

Erik Silva
De Corumbá para o Capital News

Renê Márcio Carneiro

Turismo Pantanal Corumbá

Pescaria ganha ares familiar com a participação das esposas e filhos

Uma das modalidades turísticas mais atrativas no Pantanal de Corumbá vem dividindo espaço nos últimos tempos com um novo perfil de turismo desencadeado na região. Há alguns anos a prática da pesca esportiva era realizado em sua maioria por homens que em grupo de amigos se reuniam e seguiam para o Pantanal em busca de dias de distração e pescaria.


No entanto, um novo perfil de turista interessado vem se formando, com interesse que vai além dos belos exemplares de peixes do Pantanal, e atraídos pela beleza natural da região.Neste novo nicho turístico que vem se aflorando cada vez mais, o espaço antes ocupado por grupos de amigos dá lugar a famílias com a proposta de dar um tempo na rotina estabelecida entre trabalho e os cuidados do lar, para aproveitar o que o Pantanal tem de melhor a oferecer.


Elas podem até não ser exímias pescadoras, mas afirmam que o passeio em casal ajuda a manter a relação num clima de romantismo típico de início de namoro como relatou Sílvia Arcângelo que voltou a Corumbá em menos de um ano. Junto ao esposo, Luís Carlos Arcângelo, ela viveu uma experiência que guarda na memória.


“É uma emoção maravilhosa, indico essa experiência. Quem tem essa chance, venha. Parece que estou integrada com a natureza, os amigos que a gente faz aqui. Ano passado, ele pegou o maior peixe e chegando no barco disse que fui eu e acabou que eu levei o troféu”, contou.


O casal veio da cidade de Morro Agudo, interior de São Paulo, e percorreu mais de 1200 quilômetros de estrada até Corumbá. Ele diz que já esteve em outros rios e cidades de Mato Grosso do Sul, porém prefere mesmo Corumbá para esse tipo de passeio.


“Já pescamos em Miranda, Coxim e Taquari. Corumbá é ótimo. O passeio, a pescaria, os amigos que fazemos aqui. O tratamento aqui é ótimo. Vale muito enfrentar todo esse esforço para viver isso aqui, com a companheira da gente”, disse ao afirmar que já prepara o retorno para o próximo ano.


Com uma experiência de 18 anos pescando no Pantanal, Everaldo Figueiredo também passou a compartilhar a experiência com a esposa Sônia Figueiredo. Ele calcula que já fez mais de 80 pescarias no Pantanal e, para a esposa que passou a acompanhá-lo, o segredo das boas fisgadas é a persistência.


“É a teimosia, não desistir de pegar um bom exemplar. Cada pescaria é uma coisa nova, é uma emoção diferente”, disse a mulher que confessou não ser boa pescadora, porém apreciadora do esporte.


Para Silvana Tincani Pacheco, Corumbá está sendo uma redescoberta ao lado do marido Eliel Oioli Pacheco. O casal, que veio de Pederneiras, em São Paulo, esteve na cidade 20 anos atrás e, naquele tempo, Silvana não conheceu o Pantanal corumbaense em sua plenitude.


“Eles saiam para pescar e eu ficava na piscina do hotel. Agora, percebo que, a partir do momento quando o casal vem junto fazer a pescaria, eles se unem, tem fotos e histórias para contar, isso é muito importante”, declarou.


Eliel foi mais longe e avaliou um passeio em comum entre o casal como uma oportunidade de completude num universo diferenciado do cotidiano. “O companheirismo não é somente vir pescar, e ser cúmplice. A mulher enxergar o mundo como o marido vê, e ele trazer o que tem de bom do mundo masculino para ela. Quando eu vim pescar com minha esposa, eu passei de ter amigos para pescar com minha companheira”, disse.


Gilmar Fontana da Veiga e Jacinta Espolaor da Veiga também escolheram Corumbá para relaxar e colocar e prática o esporte preferido do casal: a pescaria. Jacinto avalia que não poderia estar em lugar melhor com a companheira.


“Corumbá é a natureza, é o símbolo do Pantanal, é o que tem de mais bonito o que a gente conhece. A gente viaja o mundo inteiro e pergunta aos amigos: estar no topo da Torre Eifel ou estar em Corumbá? Estar em Corumbá, que coisa maravilhosa a natureza. A internet, shopping, tudo isso é muito importante, mas a natureza resgata a felicidade, a paz, a tranquilidade e estabilidade emocional. Não tem como descrever isso. Tem que estar aqui para sentir”, disse


Os casais citados na reportagem desfrutaram do serviço intitulado “Cruzeiro Fluvial” idealizado por algumas empresas do setor na cidade, que oferecem vários dias a bordo de uma grande embarcação que percorre várias regiões pantaneiras, uma iniciativa amplamente apoiada pela Prefeitura de Corumbá, por meio da Fundação de Turismo do Pantanal.

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