Edemir Rodrigues
Ponte nº 4, na MS-184, sofreu deslocamento com a força das águas da cheia: passagem liberada apenas para veículos pequenos
Foi emitido um alerta sobre as condições de tráfego da MS-184, conhecida como Estrada Parque, no Pantanal de Corumbá. A Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul) que a via será interditada caso caminhões com gado e outras cargas continuem trafegando pelo local. A orientação é de que veículos pesados acessem a região pelo desvio da BR-262, MS-432 e MS-228.
O tráfego na Estrada Parque está autorizado apenas para veículos pequenos, como caminhonetes e carros de passeio. A cheia devido a chegada das águas dos rios Aquidauana e Miranda causou estragos na via. Uma das pontes de madeira está avariada e a água sobre a estrada afetou a pista, principalmente em trechos sem cascalho.
O chefe da regional da Agesul em Corumbá, Luiz Mário Anache, explica que a passagem de caminhões vai agravar a situação, que já é crítica em alguns trechos com o surgimento de bitolas e buracos.
Na altura da porteira de entrada da fazenda São Bento, dois veículos pesados ficaram atolados, apesar de não estarem carregados. A tendência é a interrupção da pista, caso permaneça o tráfego de caminhões. “Trechos de cascalhos também foram lavados pela água e não suportarão essa pressão”, ressalta.
A Agência suspendeu o tráfego de caminhões na MS-184 no dia 16 de março, com a chegada das águas do transbordamento dos rios Aquidauana e Miranda, que cobriram parcialmente a estrada.
Fluxo de turistas
Estão sendo realizados serviços de raspagem para manutenção da Estrada Parque há uma semana, devido o feriado da Semana Santa. O fluxo de turistas às fazendas, pousadas e pesqueiros deve aumentar neste fim de semana. De acordo com a Agesul, a manutenção é importante para impedir maiores danos à estrada.
O empresário do setor de turismo, João Venturini Junior, teme pela interdição. “Se não houver consciência desses caminhoneiros, vamos ficar sem estrada e isolados aqui, com prejuízos para todos. A água começa a baixar, mas as condições da estrada não permitem tráfego pesado. Se há uma orientação da Agesul para que os caminhões usem o desvio, deve ser respeitada”, pede ele.