Os comerciantes de Campo Grande querem a regulamentação da realização de feiras livre e para o comércio varejista realizado nestes espaços. Os lojistas da Capital alegam que a concorrência se torna desleal, em virtude do custo a que estão submetidos os empresários, em virtude das obrigações que têm de ser cumpridas junto ao poder público. A Câmara de Dirigentes Lojistas de Campo Grande – CDL-CG reuniu empresários do setor de Gestante e Bebê e representantes do Governo do Estado e do Sebrae-MS para tratar da questão.
Outra questão levantada foi em relação aos valores dos produtos vendidos na feira, muito abaixo do próprio custo das mercadorias, levantando dúvidas sobre o recolhimento de impostos. Os empresários campo-grandenses lembraram que têm margem de lucro muito pequena e que, muitas vezes, trabalham com valores tabelados, tornando ainda mais injusta a competição com estas feiras.
Segundo informações divulgadas pela assessoria de imprensa, o presidente da CDL-CG, Adelaido Vila, se comprometeu em defender os comerciantes, buscando alternativas e cobrando das autoridades um maior apoio ao comércio local. “Nossa função aqui é trabalhar pelo fortalecimento dos lojistas campo-grandenses, por isso realizamos esta reunião, onde buscamos o apoio do Governo e de entidades parceiras, como o Sebrae. É preciso, antes de tudo, fortalecer o local”, frisou Adelaido.
O representante da vice-governadora Rose Modesto, Osvaldo Ramos, ouviu os lojistas e pediu que os mesmos fornecessem dados sobre o setor. Ramos também agendou reunião com o diretor do Procon, Marcelo Salomão, e o presidente da CDL-CG. Já o representante do Sebrae-MS, Alex Taveira, informou que a entidade já estuda a realização de eventos com os comerciantes locais, para fomentar as vendas.
Na reunião também foi discutida a possibilidade da CDL CG levar à Assembleia uma proposta de Lei estadual criando parâmetros para a realização destas feiras e valorizando o comércio do Estado. “Vamos realizar este debate e levar uma proposta consistente aos deputados, nosso objetivo não é impedir o consumidor de ter acesso às feiras, ao contrário, é fomentá-las, mas de maneira que as mesmas privilegiem os nossos lojistas, para que eles cresçam e continuem a ajudar o nosso Estado a se desenvolver”, afirmou Adelaido.