A governadora em exercício, Rose Modesto, afirmou nesta segunda-feira (15) que todos os esforços estão sendo empreendidos para que o início do ano letivo na rede pública estadual não sofra alterações, por conta da situação de emergência decretado em 16 municípios de Mato Grosso do Sul.
Conforme o calendário já divulgado pela Secretaria de Estado de Educação (SED), o ano letivo tem início dia 6 de fevereiro, quando os professores se apresentam em suas respectivas escolas para se prepararem para o período das aulas, que começa no dia 15 do mesmo mês. De acordo com Rose, as cidades afetadas estão recebendo aporte financeiro e todo apoio estrutural para que não haja prejuízo aos estudantes.
“O Governo do Estado está arcando com o óleo diesel, repasse emergencial em dinheiro e mais maquinário da Agesul, tudo isso para evitar qualquer tipo de prejuízo principalmente para o início do ano letivo e escoamento da nossa safra, que inicia em fevereiro”, declarou.
No entanto, segundo a governadora em exercício, se houver alguma mudança nos próximos dias, e essa data precisar ser alterada, o assunto será discutido amplamente com os sindicatos e associações envolvidas.
A Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul) afirmou, em nota que é contrária ao adiamento do início do ano letivo. Segundo a Fetems, o presidente da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), Pedro Arlei Caravina (PSDB), prefeito de Bataguassu, teria cogitado a possibilidade como forma de ajuda às prefeituras mais afetadas. A assessoria da Assomasul informou na tarde desta segunda-feira (15) que nenhum pedido formal foi feito ao governador do Estado referente ao adiantamento.
“Por enquanto segue do jeito que a Secretaria de Educação programou. Se algum município necessitar alterar a data, será uma decisão que tomaremos junto com a Associação dos Municípios, diretores das escolas e sindicatos”, garantiu Rose.
“O calendário escolar fica comprometido com o adiamento do ano letivo e aumentando o número de sábados letivos, considerando que a frequência dos alunos é reduzida nas aulas aos finais de semana, prejudicando as famílias e os estudantes, interferindo no planejamento programado”, enfatiza o presidente da Fetems, Jaime Teixeira.
Até o momento, 16 cidades decretaram situação de emergência: Coronel Sapucaia, Deodápolis, Batayporã, Novo Horizonte do Sul, Itaquiraí, Japorã, Eldorado, Miranda, Rio Verde, Bataguassu, Porto Murtinho, Sete Quedas, Tacuru, Iguatemi, Mundo Novo e Amambai.
Dessas, sete tiveram a situação reconhecida pelo Governo do Estado, por meio de decreto. São elas: Iguatemi, Tacuru, Sete Quedas, Coronel Sapucaia, Novo Horizonte do Sul, Itaquiraí e Eldorado.
Cada município que teve o estado de emergência homologado recebeu R$ 250 mil em caráter de urgência e mais R$ 80 mil em óleo diesel, sem contar com as máquinas que estão auxiliando na restauração do que foi danificado pela chuva e os vendavais.