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Cotidiano Terça-feira, 29 de Maio de 2012, 16:45 - A | A

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Educação nota 3 de Japorã não tem nem água tratada

Paulo Fernandes - Capital News (www.capitalnews.com.br)

O Ministério Público Federal (MPF) encontrou uma série de irregularidades na vistoria que fez em seis escolas públicas de Japorã (a 487 km de Campo Grande) e o procurador da República Raphael Otávio Bueno Santos determinou que os governos estadual e municipal promovam adequações urgentes nessas unidades de ensino. As irregularidades vão de crianças consumindo água sem tratamento a alimentos armazenados em caixas de papelão, em contato direto com o chão, e próximos aos produtos de limpeza.

Outros problemas encontrados foram vazamentos nas descargas e torneiras, janelas com vidros quebrados, ausência de linhas de transporte público para as escolas, falta de fogão para aquecimento dos alimentos, extintores vencidos ou inexistentes, salas de aula com goteiras e alto índice de professores que atrasam ou não comparecem ao trabalho.

Além de determinar as adequações urgentes, o procurador Raphael Otávio Bueno Santos solicitou que em um prazo de 30 dias seja apresentado um cronograma para as outras melhorias que precisam ser feitas, sob risco de “serem adotadas medidas judiciais".

Os piores cenários são os das escolas indígenas Escola Sabedoria Tradicional e Escola Bom Viver II. O número de banheiros é insuficiente, não há extintores de incêndio ou estão com prazo de validade vencido, existe depósito irregular de lixo nas proximidades das escolas e não há local adequado para a refeição dos alunos.

Ainda de acordo com o MPF, uma avaliação realizada pelo Ministério da Educação em 2009 mostrou que Japorã tinha o menor Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) entre os 28 municípios abrangidos pelo Ministério Público Federal em Dourados. A nota alcançada foi três, em uma escala de zero a dez.

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Funcionários guardam comida junto com produtos de limpeza em escola de Japorã
Foto: Divulgação/MPF

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