Campo Grande Quarta-feira, 01 de Maio de 2024


Cotidiano Sexta-feira, 01 de Maio de 2015, 10:34 - A | A

Sexta-feira, 01 de Maio de 2015, 10h:34 - A | A

Revolta

Dia do Trabalhador provoca protestos em Campo Grande: “O trabalhador está em luto”

Movimentos sindicais cobram poder público e atacam gestão Olarte

Taciane Peres
Capital News

1º de maio. Dia em que se comemora o Dia do Trabalhador, diversas categorias aproveitaram a oportunidade para reivindicar direitos, melhorias nas condições de trabalho, reajustes salariais e outras demandas na manhã desta sexta-feira (1) na Praça do Rádio, região central de Campo Grande. Um dos mais cobrados foi o prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP) pela situação atual da saúde no município.

 

"Saúde não é receita de bolo"

Taciane Peres/Capital News

Presidente do sindicato dos médicos, Valdir Siroma destaca o caos na saúde pública no município

Presidente do sindicato dos médicos, Valdir Siroma destaca o caos na saúde pública no município

O presidente do sindicato dos médicos de Mato Grosso do Sul, Valdir Shigueiro Siroma liderou o movimento e cobrou das autoridades públicas melhorias para a categoria. “Nós temos que ter pelo menos uma estrutura mínima de condições de trabalho, segurança, por que hoje por falta de investimento da gestão pública a saúde está passando pela situação que está hoje. O que é preciso fazer é melhorar o investimento e mais profissionalização na área da saúde.  “O Dia do Trabalhador é um marco histórico para todos nós trabalhadores da área da saúde, temos que manifestar a indignação pelo descaso que estão tendo com os profissionais.  Todos nós sabemos que a saúde é municipalizada. A Santa Casa é um hospital de maior porte e complexidade do Mato Grosso do Sul. Esse hospital não deveria em momento algum deixar as negociações de investimento e contratos para última hora. É importante salientar que esse contrato com a Santa Casa tem que ser resolvido o mais rápido possível. A saúde não é uma receita de bolo, a saúde tem que ter um planejamento de médio a longo prazo, fazer remendos para atender a saúde é grave”, afirma o representante da categoria.


Educação em luto

Taciane Peres/Capital News

Pedagoga Zélia Aguiar pede saída de Olarte da prefeitura de Campo Grande

Pedagoga Zélia Aguiar pede saída de Olarte da prefeitura de Campo Grande

Para a representante sindical da categoria de professores do município de Campo Grande e pedagoga, Zélia Aguiar a educação na Capital precisa de atenção urgente do poder público. “Nós estamos indignados com a situação da educação no nosso país. A situação que está acontecendo no Paraná pode se refletir aqui no Estado e no município. Nós estamos vendo uma câmara de vereadores inoperante, uma situação administrativa da Prefeitura em caos, pois o nosso representante já mostrou a sua incompetência. Nós estamos aqui reivindicando o respeito pela categoria que é tão importante para a sociedade, e não estamos pedindo favor, estamos pedindo o que está definido por lei. Teremos uma assembleia às 14 horas na segunda-feira (4) ACP (Sindicato Campo-grandense dos profissionais da educação pública) para definir os rumos dos profissionais, se teremos greve ou não, pois do jeito que está não podemos ficar, a educação, o trabalhador está em luto”, desabafa a pedagoga.

Taciane Peres/Capital News

Mais de 300 pessoas se reuniram para protestar na manhã desta sexta-feira (1) no dia do trabalhador

Mais de 300 pessoas se reuniram para protestar na manhã desta sexta-feira (1) no dia do trabalhador

 

Saúde na rota de prioridades

Taciane Peres/Capital News

Hederson Fritz representa a classe da enfermagem e cobra prestação de contas da prefeitura

Hederson Fritz representa a classe da enfermagem e cobra prestação de contas da prefeitura

Aproveitando a toada de manifestações, o sindicato dos trabalhadores de enfermagem de Campo Grande, Sinte-PMCG, representado por Hederson Fritz, destaca o dia do trabalhador como sendo um momento de exigir melhores condições de trabalho para a categoria. “Se o município está vivendo uma crise financeira nós queremos saber onde está faltando dinheiro e o que está acontecendo.  A lei de responsabilidade fiscal obriga a prefeitura a publicar um relatório resumido da execução orçamentária do município do primeiro bimestre. Esse relatório era pra ser publicado no dia 1º de março mas até agora não foi publicado então precisamos ter uma comprovação das coisas, onde as contas não estão fechando. Vamos na próxima segunda-feira (4) encaminhar uma denúncia ao Ministério Público pois se a crise existe, queremos saber de onde ela vem. A categoria está abandonada e precisamos de um reajuste salarial, pelo menos de 8%, melhoras nas condições de trabalho e hoje é o dia certo para fazer esse pedido, não queremos mais balela, queremos resultado e que a saúde seja colocada na rota de prioridades desse município”, cobra o enfermeiro.

 

SOS Cultura

Taciane Peres/Capital News

Cultura cobra mais investimento para a classe

Cultura cobra mais investimento para a classe

Com mais de trezentas pessoas envolvidas na praça do Rádio em protestos na manhã desta sexta-feira (1) profissionais da cultura também marcaram presença e se julgaram “marginalizados” pelo poder público. “Nós somos pedintes em busca de mais dignidade em relação à cultura. As pessoas têm que entender que quem é o mais prejudicado é a população. A sociedade precisa cobrar, precisa estar do nosso lado. O 1% para a cultura é uma conquista nossa e queremos mais dignidade das nossas lideranças políticas”, afirma o artista Dudu Miranda.


Programação sem protestos
Para os que não aderiram a nenhum movimento sindical, a programação de eventos em comemoração ao Dia do Trabalhador seguirá até as 14 horas desta sexta com sorteio de prêmios, shows musicais com as bandas Chalana de Prata, Gilson e Júnior, Alex e Ivan, Sapri, Felipe Menon, Evandro Campos, Bruno Carreira e Aurélio Rafael. O preço da passagem de ônibus custa o valor de R$ 1,00.

Comente esta notícia


Colunistas LEIA MAIS