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Cotidiano Terça-feira, 11 de Setembro de 2012, 15:49 - A | A

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Caso Johnny Tatoo: homem é condenado a 15 anos de reclusão em regime fechado

Alessandra Carvalho - Capital News (www.capitalnews.com.br)

Miguel Bacargi Filho, 41 anos, foi condenado a 15 anos de reclusão em regime fechado pelo crime de homicídio qualificado por motivo torpe e praticado mediante recurso que dificultou a defesa da vítima Luciano Estevão dos Santos, conhecido como Johnny Tatoo, no dia 25 de março de 2008. Ele foi morto com dois disparos de arma de fogo nas costas dentro do escritório na rua Pedro Celestino, em Campo Grande.

O réu Miguel é apontado pela Polícia Civil como o mandante do assassinato. Em setembro de 2008, Miguel e o policial aposentado Celino Anônio Cabral foram presos acusados de serem mandante e agenciador do crime. Até o momento a polícia não identificou o autor dos disparos.

Quebra de sigilo telefônico revelou que Miguel começou a receber várias mensagens em seu celular que o induziam a matar Cássia do Carmo Álvares (esposa da vítima). A polícia descobriu que aquele número de celular foi habilitado em nome de Cássia clandestinamente.

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Foto: Deurico/Capital News

Uma pessoa ligou para a delegacia e informou o número do celular da pessoa que agenciou o pistoleiro que executou Johnny Tatoo e, em quebra de sigilo telefônico, constatou-se que o celular pertence a Celino e que comunicou-se várias vezes com Miguel, antes e depois do crime.

Miguel e Celino ficaram três dias presos e foram liberados. Johnny era casado com Cassia do Carmo, mas teve um caso amoroso com a esposa de Miguel, Natashi Vilhalva Gomes Bacargi.

Na manhã de hoje (11), em depoimento no Tribunal do Júri, Miguel disse que não acreditava que Natashi tinha um caso com o tatuador. As investigações apontam que Cassia havia descoberto que o marido estava tendo outro relacionamento e mandou uma mensagem para a Natashi alertando que iria contar para o marido dela.

Miguel respondeu a mensagem e disse que estava investigando a esposa. Cassia, então, passou a ele todas as provas do relacionamento.

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O promotor de justiça Fernando Martins cita que Miguel e o policial aposentado tiveram conversar antes e depois do crime
Foto: Deurico/Capital News

Na equipe dos jurados estavam quatro mulheres e três homens. O juiz de direito responsável pelo caso é Aluizio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Júri em Campo Grande. Para o promotor de justiça Fernando Martins Zarpa ficou esclarecido que Celino chegou a conversar com o Miguel depois da morte do Johnny Tatoo. Ele queria mudar o rumo das investigações com as mensagens telefônicas enviadas para Cassia.

A sobrinha do Johnny, Erika dos Santos, 20 anos, acredita que a Cassia queria acabar com o relacionamento do tio com Natashi. “ Ela foi cúmplice da história e não imaginava e ele iria morrer”, disse.

O advogado de defesa Valdir Custodio disse que Celino foi impronunciado dos processos por falta de provas. Houve apreensões de armas que estavam em propriedades do Miguel, mas nenhuma delas foi a arma do crime.

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Advogado Valdir Custodio diise não ter provas concretas de que Miguel é o mandante do crime
Foto: Deurico/Capital News

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