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Bolsonaro em evento de jiu-jitsu no Rio, questionado sobre Tereza Cristina: 'Ela tem toda a nossa confiança'
Ao ser questionado sobre a manchete da Folha de S.Paulo neste domingo, após assistir as finais do torneio Jiu-Jitsu Abu Dhabi Grand Slam, no Rio de Janeiro, Jair Bolsonaro disse desconhecer as informações de que sua futura ministra da Agricultura, a deputada Tereza Cristina (DEM-MS), foi mencionada em delação dos irmãos Batista. Conforme a Folha, Tereza concedeu incentivos fiscais quando era secretaria do governo Puccinelli e arrendou terras ao grupo JBS em MS. "Eu também sou réu no Supremo. Devo renunciar meu mandato? Ela já foi julgada? Apenas um processo foi apresentado? Eu desconheço. Já fui representado umas 30 vezes na Câmara e não colou nenhuma. Afinal, sou ser humano e posso errar. Se qualquer ministro tiver uma acusação grave, a gente toma uma providência. No momento ela tem toda a nossa confiança", disse Bolsonaro, conforme o jornal O Globo.
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Tereza Cristina rebate informações da Folha e diz que não é “parceira da JBS”
Antonio Cruz/ABr
Tereza: 'a matéria foi feita de maneira a levar as pessoas a entenderem que existe uma negociação não republicana'
A futura ministra da Agricultura, Tereza Cristina, rebateu notícia de que concedeu incentivos fiscais ao grupo JBS quando era secretária do governo André Puccinelli em Mato Grosso do Sul, na mesma época em que manteve parceria pecuária com a empresa, divulgada ontem pela Folha de S.Paulo. A "matéria foi feita de maneira a levar as pessoas a entenderem que existe uma negociação não republicana, e isso não é verdade", afirmou a deputada, frisando não ser "parceira da JBS" como afirmou o jornal.
Tereza disse que antes de ser secretária, em 2009, sua família fez um acordo de confinamento pecuário com a empresa, quando não havia concessão de benefício à JBS. "Muito depois", afirmou, a JBS comprou a Seara, e os incentivos foram concedidos pelo governo do estado, da qual era secretaria, assim como a várias outras empresas que se instalaram no estado. "Eu não dava benefício fiscal. Quem dava benefício era o governo. Minha pasta recebia o pedido e isso era encaminhado para um conselho".
A deputada disse que vai se encontrar com o presidente eleito Jair Bolsonaro amanhã, quando devem conversar sobre o assunto, e acrescentou que a concessão não foi feita "apagar das luzes" do governo André, conforme publicou a Folha, pois saiu do cargo "oito meses antes de terminar o governo" para ser candidata. Falou também que nunca recebeu doação direta da JBS para campanha, e que o MDB recebeu o dinheiro e fez o repasse para sua candidatura. "Eu nunca recebi uma intimação e nem nada sobre esse assunto. E estou pronta para responder se for chamada", ressaltou. Ouça o áudio.
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