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Política Terça-feira, 17 de Maio de 2011, 13:17 - A | A

Terça-feira, 17 de Maio de 2011, 13h:17 - A | A

Associação dos Travestis tenta ser reconhecida como Utilidade Pública pela segunda vez

Wendell Reis - Capital News (www.capitalnews.com.br)

A presidente da Associação dos Travestis de Mato Grosso do Sul (ATMS), Cris Stefany, e um grupo de representantes do movimento LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais) estiveram na Câmara Municipal de Campo Grande na manhã desta terça-feira (17), quando é comemorado o Dia Internacional de Combate a Homofobia.

Cris Stefany explicou que a ATMS tenta ser reconhecida como de Utilidade Pública para poder se isentar de encargos trabalhistas, taxas bancárias e outros. Segundo ela, quando é feito um projeto social, 40% acaba retornando ao Governo, por que tem que pagar os encargos. A Câmara Municipal já negou o direito uma vez e a Associação tenta conseguir o reconhecimento novamente.

A presidente da ATMS diz que as ações são comprovadas. Ela cita a assessoria jurídica a travestis e transexuais, a família, nos casos de violência e outros projetos: “Tivemos um projeto com o Ministério do Trabalho onde capacitamos 55 jovens para o mercado de trabalho. Tanto o LGBT quanto o heterossexual, nos quais tínhamos lá negros, índios, evangélicos e em nenhum momento a gente trabalha com a perspectiva da aceitação e sim do respeito pelo outro. Que é isso que nós precisamos” explicou.

Cris disse que acredito no bom senso dos parlamentares para conseguir o reconhecimento. “Temos pessoas competentes, que foram eleitas pelo povo e com certeza independente do acontecido no momento em que ocorreu a negação, eu diria que hoje eles são mais conhecedores do trabalho que é feito. Não estamos querendo benefício, mas reconhecimento. Até porque não são os vereadores que vão dizer se a instituição deve ou não existir, porque ela existe de fato, garantida pela constituição” finalizou.

O presidente da Câmara Municipal, Paulo Siufi (PMDB) afirmou que não tem problema nenhum quanto ao reconhecimento, desde que seja justificado o porquê da entidade buscar a utilidade pública.

“Se eles têm benefício para a população. Se tem este trabalho apresentado. Não vejo problema nenhum em terem utilidades públicas, como outras ONG’s detêm este título oferecido pela Câmara Municipal, para que eles possam ter uma atuação de uma forma mais intensa. Eu não vejo problema nenhum. O que houve é que antes não se discutia desta forma. As pessoas vinham simplesmente em um radicalismo, querendo impor uma situação e ai houve uma manifestação religiosa contra este movimento. Mas, eles explicando, mostrando realmente o benefício para o grupo LGBT, que existe em Campo Grande, não vejo problema nenhum, mesmo sendo católico, chefe de família. Não incentivo este tipo de movimentação, mas respeito e entendo que o título de utilidade pública pode ser dado” finalizou.

 

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