Divulgação / Governo Federal

Fatalidade aconteceu em outubro de 2011
Os pais de uma menina de 2 anos vão receber uma indenização da Prefeitura de Campo Grande, após a morte da criança decorrente a uma picada de escorpião no pé. A família alegou negligência e falha na prestação do serviço de socorro médico. O caso aconteceu no dia 27 de outubro de 2011. O juiz Marcelo Andrade Campos Silva condenou a Prefeitura a pagar R$ 80 aos pais da menina.
No dia da morte a criança estava acompanhada da avó quando foi picada por um escorpião. Após o ocorrido, ela ligou para o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU), solicitando uma ambulância e informando sobre o fato, porém o SAMU negou-se a buscar a criança com o argumento de que não havia veículos disponíveis. Diante da dificuldade, o avô paterno levou a criança de carro até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
Conforme a declaração da família na unidade médica a vítima recebeu apenas soro fisiológico e ficou em observação por seis horas. Narram que os profissionais não aplicaram soro antiescorpiônico e que a falha no procedimento agravou o quadro da vítima pois o veneno se propagou com maior rapidez no organismo. A menina ainda foi levada ao Hospital Regional, porém acabou morrendo.
O juiz Marcelo Andrade Campos Silva destacou que não se trata, de fato, de erro médico, mas de falha na prestação do serviço público, ineficiência dos serviços prestados, posto que não há dúvida que o atendimento observou o protocolo médico determinado para os casos leves, entretanto houve demora nos cuidados e providências dos demais procedimentos que deveriam ser observados em casos considerados mais gravosos.
A Prefeitura alegou que o atendimento proporcionado no âmbito da rede pública básica de saúde foi condizente com a estrutura de um posto de saúde, que não possui soro antiofídico, tampouco laboratório, segundo assessoria. Até o fechamento da matéria não houve retorno da Prefeitura sobre a condenação.