Ascom MPF/MS
Os parlamentares vieram para averiguar denúncias de violações de direitos humanos dos povos indígenas na região
Membros do Parlamento Europeu constataram que os índios Guarani sofrem violações de direitos humanos em Mato Grosso do Sul, após visita à Campo Grande e ao Cone Sul do Estado nos dias 6 e 7 de dezembro. Os parlamentares, acompanhados pelo Ministério Público Federal (MPF/MS) e pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, vieram após o recebimento de denúncias.
Para o deputado de Portugal, Francisco Assis, chefe da delegação europeia de parlamentares, “o que vimos é que há um problema grave de violações dos direitos dos povos indígenas”. Segundo o relatório do Conselho Missionário Indigenista (Cimi), de 2003 até 2015, 426 índios foram mortos de forma violenta no Estado.
Os parlamentares europeus visitaram a Comunidade Kunumi Vera em Caarapó, onde, em junho deste ano, foi assassinado o agente indígena de saúde Clodiodi Aquileu Rodrigues de Souza e outros seis indígenas foram feridos por disparos de arma de fogo. Na sequência, visitaram a Comunidade Guayviri, em Aral Moreira, onde, em 2011, foi assassinado o Cacique Nísio Gomes.
Conforme o MPF/MS, a missão europeia ouviu dos indígenas omissões do Estado em serviços básicos de saúde e educação, mas denunciaram, principalmente, a demora na conclusão dos processos de demarcações das terras tradicionais e a violência a que estão sujeitos. Pediram também apoio contra a PEC 215 e o Marco Temporal.
Para a liderança indígena Lindomar Terena, “para nós, indígenas, não resta outra alternativa que dar nossa própria vida para lutar pelo direito às nossas terras”.
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