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Cotidiano Terça-feira, 21 de Outubro de 2014, 15:12 - A | A

Terça-feira, 21 de Outubro de 2014, 15h:12 - A | A

Médicos da Santa Casa promovem paralisação na próxima semana

Luciana Recio - Capital News (capitalnews.com.br)

Os médicos da Santa Casa de Campo Grande realizaram assembleia, na última segunda-feira (20), na sede do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul (Sinmed/MS), para debater sobre o problema da defasagem salarial. A categoria não recebe reajuste, desde 2012, acarretando em um déficit de mais de 20%.

No mês de agosto, a Santa Casa reteve 50% dos honorários dos médicos prestadores de serviço, e, no mês de setembro a retenção foi de 30%, situação considerada insustentável pelos médicos.

Na ocasião, foi definido que a Santa Casa deverá efetuar o pagamento imediato dos valores retidos no mês de agosto e setembro. Os médicos pedem também assinatura de acordo por parte do Sindhesul (Sindicato dos Estabelecimentos de Saúde), no próximo dia 27 de outubro, com negociação salarial conforme apresentado em proposta ao desembargador Nery Azambuja.

Outra reivindicação é sobre a garantia de pagamento regular das horas extras e participação de pelo menos dois representantes dos médicos na diretoria da ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande).

Segundo o diretor do Sinmed/MS, João Batista Botelho de Medeiros, os profissionais não estão fazendo grandes exigências, pois solicitam apenas o que é de direito e não foi cumprido. "Há dois anos não recebemos reajuste salarial e para piorar cortaram 40% dos nossos salários em dois meses. Desta maneira não tem como continuar", avalia o diretor.

O Sinmed-MS aguardará por uma resposta até dia 27, prazo máximo para que o problema seja solucionado, caso não haja interesse por parte do Sindhesul e da Santa Casa, os médicos paralisaram 70% de suas atividades, iniciando pelo atendimento ambulatorial e cirurgias eletivas. "Nas demais atividades os médicos paralisarão em conformidade com o que for deliberado pelos respectivos serviços e desde que não comprometa o atendimento de urgência e emergência e coloque em risco a saúde da população", considera João Batista.
 

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