Uma visita inesperada das vereadoras Luiza Ribeiro(PPS) e Thais Helena(PT) ao hospital El Kadri nesta última quarta-feira( 03) se desenrolou em uma polêmica marcada pela ausência de declarações dos personagens principais e discussões calorosas entre os personagens secundários.
Após anunciar na Câmara que iria vistoriar a obra, naquela manhã a vereadora Luiza Ribeiro chegou ao hospital, onde foi recebida pelo chefe de obras. O senhor identificado como Francisco solicitou que a vereadora aguardasse representantes da prefeitura que pudessem responder algumas perguntas. Logo em seguida chegou a vereadora Thais Helena.
Ao chegarem dois representantes da prefeitura, Valdir Nascimento e Nelson Guimarães, os mesmos conduziram de forma cordial as vereadoras, que tiveram algumas de suas dúvidas esclarecidas, no entanto, uma terceira pessoa que chegou ao local, que primeiro disse que era Augusto, mas depois disse que não informaria o nome, e teria inicialmente dito que era assessor de Mafussi Kadri, mas depois disse ser “apoiador da prefeitura” iniciou as discussões ao “convidar todos a se retirarem”.
Responsável pela obra solicitou que Luiza aguardasse equipe da prefeitura
Foto: Fernando Hassessian/Capital News
No local, a reportagem do Capital News acompanhou o fato, e saiu do interior do prédio assim que a ordem de retirada foi dada, porém, de fora do estabelecimento, foi possível presenciar o bate-boca travado na porta enquanto as vereadoras saíram. A Guarda Municipal chegou ao local e acompanhou de perto as discussões, como após a saída das vereadoras, se posicionaram de forma a proteger a entrada do prédio.
Ao contrário do que se esperava, que seria o esclarecimento dos questionamentos das vereadoras, o fato repercutiu nas redes sociais e ganhou novo fôlego com postagens polêmicas de um assessor do prefeito, que teria se dirigido às vereadoras como “agentes públicos irresponsáveis travestidas de mandatos de vereadoras”.
A postagem repercutiu negativamente até entre vereadores aliados ao prefeito Olarte, que repudiaram as declarações. O presidente da Casa de Leis, vereador Mário César, informou que irá convidar o servidor para justificar as declarações postadas.
O Capital News, que presenciou o fato, preferiu não publicar o fato imediatamente e passou a tarde e a manhã de quinta-feira buscando contato com representantes da prefeitura, porém não obteve quaisquer respostas da prefeitura sobre o fato.
Ao final, Guarda Municipal foi chamada para acompanhar o caso
Foto: Reginaldo Coelho/Capital News
Questionamentos – A vereadora Luiza esclarece que alguns pontos ainda permanecem desconhecidos. Entre eles, a autoria da reforma. O fato tem relevância considerando que, caso seja uma obra pública, deveria constar em uma placa a identificação da obra, valor investido, fonte pagadora e outros detalhes exigidos em lei. Caso seja uma obra particular, a vereadora questiona também a presença de servidores municipais.
O caso começou a ganhar dimensão logo que foi anunciada a locação do prédio que será ocupado pelo Hospital da Criança. Apesar de ser uma obra de grande importância para a saúde municipal, as vereadoras questionam o alto valor pago ao hospital -- cerca de 2,3 milhões.
A assessoria de imprensa da Sesau informou que o Secretário Jamal Salém não falaria sobre o caso. A reportagem também não obteve sucesso na tentativa de contato com o secretário de Administração Valtemir Brito. Na assessoria da Prefeitura, a nossa reportagem foi orientado a solicitar os questionamentos por e-mail, mas que até o momento não foi respondido.
João Rocha (PSDB), líder do prefeito na Câmara Municipal, não esteve presente na sessão desta quinta-feira e por isso sua assessoria informou que ele não poderia falar sobre o caso.
O vereador Mário César, presidente da Câmara, estava em reunião e não pôde atender, mas a assessoria da presidência da Casa apenas esclareceu que o assessor que teria postado as declarações polêmicas na internet seria convidado em data ainda não definida.
