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Cotidiano Segunda-feira, 01 de Setembro de 2014, 15:28 - A | A

Segunda-feira, 01 de Setembro de 2014, 15h:28 - A | A

Em plena praça Ary Coelho, jovens conselheiras escutam histórias de amor e de corações partidos

Gilson Giordano - Capital News (www.capitalnews.com.br)

O divã pode ser um dos bancos e o consultório, a Praça Ari Coelho. Esse é o cenário, quase perfeito, mas que foi encontrado pelas colegas Eduarda Coene de 16 anos e Juliana Teodoro, de 15, que desde sábado (30) estarão no mesmo local, para ouvir as histórias de amor narradas pelas pessoas.

É um serviço voluntário, portanto sem fins lucrativos e sem vínculos ás instituições.

Bastante comunicativas as duas colegas explicaram como surgiu a idéia e o que motivou as mesma a ouvir os mais diferentes casos de amor e elas “juraram” que tudo que for relatado naquele local, terá segredo de Estado e será trancado a sete chaves.

Como surgiu a idéia, a Eduarda explicou que foi baseada em uma mulher em São Paulo que age como “conselheira” e tenta ajudar a todos.

“Ela só ouve as pessoas. Mas quem precisar, ela dá um afetuoso abraço”, disse revelando que a mesma já viajou  para vários países prestando esse tipo de ajuda.

A respeito da opinião dos pais delas, o que eles acharam da iniciaiva, Juliana com uma resposta oxítona disse: “legal”. A impressão dos pais.

No momento em que a reportagem do Capital News chegou ao local, quem estava no “divã”, foi uma mulher identificada apenas pelo pré-nome de Mari. “Essa é a segunda do dia”, disse Eduarda.

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Eduarda Coene e Juliana Teodoro querem apenas ajudar as pessoas que não têm com quem desabafarem
Foto: Reginaldo Coelho/Capital News

Interrogada a respeito da idéia, Mari classificou como “bacana” e que é uma forma que as pessoas terão para desabafar os problemas amorosos.

Nesse momento, Juliana “cortou” a cliente e disse: “não precisa ser apenas os problemas amorosos. São todos os tipos de problemas. Quantos jovens não conseguem falar com os pais que não dão a devida atenção?” Interrogou. “Bastam virem aqui para fazer o desabafo”, completou.

Sentadas em um tapete e usando trajes de hippie, as duas disseram de forma uníssona que, caso sejam procuradas não terão problemas. “Podem vir. Aqui não perguntamos nomes, endereço, credo... não perguntamos nada. Vamos apenas nos limitar a ouvir as pessoas... o desabafo. tudo que ela quiser contar. Tudo que for dito aqui, ficará aqui mesmo”, garantiu.

Como sábado (30) foi a primeira sessão de “psicanálise” das duas, elas não descartaram retorno neste próximo, dia 6, no mesmo local, no “consultório” Praça Ari Coelho e dependendo da freguesia, a intenção da dupla é a de levar a “bondade” para outros consultórios pelas praças espalhadas na Capital.

Antes da despedida, a reportagem perguntou quantas pessoas até aquele momento haviam sido ouvidas: “Umas quatro até agora”, disse uma dela e na réplica foi perguntado até aquele momento elas já haviam escutado alguma “história” diferente, aos risos responderam: “sim, duas escabrosas”. Naquele momento chegou o quinto paciente e a reportagem teve que ser interrompida em função da consulta.

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