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Cotidiano Terça-feira, 24 de Junho de 2014, 10:52 - A | A

Terça-feira, 24 de Junho de 2014, 10h:52 - A | A

Interrompido o processo de tombamento de canteiros da Afonso Pena

Malu Cáceres - Capital News (www.capitalnews.com.br)

O projeto de tombamento dos canteiros centrais da Avenida Afonso Pena, principal via da Capital, foi suspenso temporariamente. A decisão foi tomada nessa segunda-feira (23), pelo Prefeito Gilmar Olarte a pedido da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande, Conselho do Comércio do Centro e Conselho Comunitário de Segurança da região Central, que explicaram os prejuízos ao desenvolvimento da cidade e também à classe empresarial da região central.

Com o tombamento, a construção de corredores de ônibus nos canteiros centrais seria repassada para a lateral direita da avenida, o que reduziria cerca de 800 vagas de estacionamento de ponta a ponta da via. As obras seriam feitas com o recurso do governo federal, R$ 180 milhões advindos do PAC da Mobilidade.

De acordo com informações da assessoria, durante a reunião, Olarte se mostrou contrário ao “engessamento” dos canteiros. “A quem interessa esse jardim vitalício? A quem interessa o enfraquecimento do centro?”, questionou o prefeito. “Vamos segurar esse projeto, revisar e conversar novamente. Depois articularemos com o Ministério Público para retificar”, completou.

Presidente da ACICG, João Carlos Polidoro esclareceu que a classe empresarial não é contrária ao tombamento das árvores da Afonso Pena e sim à totalidade do canteiro. “O prefeito já se mostrou sensível à causa e compartilha de nossa opinião. Não podemos sacrificar ainda mais os empresários do Centro,” disse.

O assunto foi levantado pelo primeiro secretário da ACICG, Roberto Oshiro, na audiência pública do último dia 18, na Câmara de Vereadores de Campo Grande, que abordou as demandas do Centro da Capital. “Alertamos para a comunidade presente no evento os impactos que essa ação teria para o comércio. Também é importante ressaltar que o tombamento impossibilitará o alargamento da Afonso Pena, futuramente”, disse Oshiro.

Os problemas que a falta de vagas de estacionamento está provocando ao comércio foram frequentemente debatidos no encontro com o prefeito. “Vemos que a padronização aplicada na Dom Aquino, proposta por administração anterior, provocou a morte de vários estabelecimentos no local. Basta passar pela rua para ver placas de vende-se e aluga-se”, ressaltou o presidente Conselho Comunitário de Segurança da Região Central, Adeilaido Luiz Spinosa Vila.

A questão trouxe à tona, novamente, a necessidade de soluções para a falta de estacionamento na região. O prefeito mencionou que possui um modelo espanhol de estacionamento subterrâneo que ainda está sendo analisado.
 

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