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Cotidiano Segunda-feira, 28 de Abril de 2014, 11:27 - A | A

Segunda-feira, 28 de Abril de 2014, 11h:27 - A | A

Trabalhadores da construção civil manifestam greve em frente à obra do Aquário do Pantanal

Bárbara Versolato - Capital News (www.capitalnews.com.br)

A greve do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário (Sintracom) prossegue desde o dia 23 de abril, e na manhã desta segunda-feira (28), os trabalhadores realizaram uma manifestação pacífica, em frente à obra do Aquário do Pantanal. A manifestação é parte da programação da greve estadual, que já conta com 10 mil trabalhadores só em Campo Grande.

“Estamos em frente a uma obra pública, para chamar a atenção da sociedade, sobre a situação de quem constrói sonhos, grandes construções, mas vive um pesadelo, uma miséria”, afirmou o diretor do Sintracom Marcos César Ribeiro.

Os trabalhadores pedem 30% de reajuste para os pisos salariais e 15% para quem ganha acima do piso. Além de melhorias das condições de trabalho como refeições gratuitas, cesta básica e fornecimento de equipamentos de segurança. Atualmente o piso salarial de um oficial de obras é mil reais e um servente, R$735,00.

A obra do aquário, segundo o diretor do sindicato, encontrava-se no momento da manifestação, 80% paralisada devido à greve e também à adesão dos trabalhadores das concreteiras. Com isso, as obras paralisam completamente, já que não há trabalhadores nem concreto. De acordo com Marcos já são 360 obras paralisadas no Estado.

Para Wesley Carvalho, 22, que trabalha como auxiliar de construção civil na obra do Aquário do Pantanal, o salário quase não dá para pagar as contas. “Tenho uma filha de três meses e minha mulher tem que trabalhar, porque só meu salário realmente não dá pra sustentar a casa”, afirmou o trabalhador em bate-estaca, que ganha R$798 reais.

Nesta segunda-feira (28), às 15h, haverá uma reunião no Tribunal Regional do Trabalho, para apresentação da terceira oferta da classe patronal, o Sindicato da Indústria da Construção (Sinduscom/MS). Em outros dois encontros a entidade ofertou reajuste salarial de 5,39% e em seguida 6,78%, ambos negados pelos trabalhadores. “É um desrespeito conosco! O patronal nos oferece 5,39% mas isso corresponde apenas ao reajuste de inflação”, afirmou o presidente do Sintracom José Abelha Neto.

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