Os tradicionais ovos de Páscoa ganharam novo formato e sabores para a alegria do coelhinho que tem mais opções para presentear os baixinhos nesta data. E os marmanjões também. Os ovos de colher, como são conhecidos, ganharam o coração dos chocólatras e aquecem a economia de quem tem as mãos habilidosas para o preparo dessas gostosuras.
O ovo de colher consiste em uma metade do ovo, aberto, com recheios de diversos sabores, pode ser uma camada caprichada de trufa ou mousse, ganache, e o que mais o cliente quiser. Por ser cremoso, para comer, somente com a ajuda de uma colher. Este novo formato conquistou a cidade.
Para de trabalhar não foi uma decisão fácil para Talita Gomes Dutra de Moraes, 32 anos. Formada em prótese dentária, ela deixou de lado a profissão para cuidar da filha recém-nascida que sofria de refluxo. “Devido ao problema de saúde da minha filha, Lauana, eu parei de trabalhar fora, e comecei a vender lembranças personalizadas”, afirmou Talita. “É muito difícil para quem trabalhou muito tempo fora dar uma parada. Sempre trabalhei e para não ficar com a autoestima lá embaixo, comecei a fazer as lembranças”, conta.
Talita já encerrou suas encomendas para a Páscoa, e agora, irá se dedicar ao Dia das Mães
Foto: Reprodução/Facebook
A empresa que leva o nome da filha acabou dando certo, e Talita resolveu diversificar os negócios fazendo sob encomenda os ovos de colher. “Comecei neste ano, sozinha mesmo, e depois fiz um curso de três dias para aperfeiçoar algumas técnicas, como o grau certo da temperatura para derreter o chocolate, e assim por diante”, explica Talita.
A chocolatier recebe encomendas somente pela página no Facebook, e já recebeu pedidos desde fevereiro. Somente na quarta-feira (16), Talita entregou 18 unidades, embalados em caixas decoradas e com uma colher.
O preço dos ovos varia de R$ 70,00 a R$ 90,00 e podem ser de 50 gramas a 750 gramas. A Páscoa nem terminou e Talita já tem encomendas de chocolates personalizadas para o Dia das Mães e Dia dos Namorados, e já faz planos para o ano que vem.
Para ela, trabalhar em casa trouxe vários benefícios, o principal deles, é estar perto da filha, que hoje tem dois anos. “Ela fica em casa de manhã, e vai para a escolinha à tarde, mas eu sempre estou por perto. É bem mais fácil e prático, porque eu faço meus horários que são bem mais flexíveis”, afirma Talita.
Futuro: Ela tem 14 anos e adora cozinhar. Pensando em sua festa de debutante, Alyce Vitória Camargo e Oliveira, juntou a fome com a vontade de comer, ou seja, aliou sua paixão pela culinária para levantar recursos para sua festa.
Para Alyce, hoje em dia, as oportunidades estão mais visíveis, basta aproveitar
Foto: Deurico/Capital News
“Comecei a fazer trufas, bombons e vendo na escola mesmo”, conta a adolescente, que assim como Talita, também aprendeu sozinha. “Eu gosto de cozinhar, sempre gostei, então, comecei a assistir alguns vídeos pela internet, fiz cursos online pelo Youtube para fazer os bombons e os ovos de colher”, disse Alyce.
Filha de cabeleireiro e esteticista, os pais incentivam o talento da filha. Edson e Raquel Camargo afirmam que sentem orgulho pela iniciativa da adolescente. “Sabemos que ela faz o que gosta, e incentivamos, mas, cuidamos para que o trabalho não atrapalhe seus estudos”, conta Raquel, 35 anos, esteticista.
Alyce sonha em ser procuradora, mas deseja cursar Gastronomia, para aperfeiçoar algumas técnicas. Nesta semana, a jovem empreendedora, entregou sete ovos e ainda está na cozinha preparando as próximas entregas. Os preços também variam, a partir de R$ 35,00, dependendo do tamanho e recheio.
A adolescente, que administra a sua renda, apesar de tão jovem, ensina que força de vontade e oportunidade andam juntas. “Eu falo que hoje em dia, a gente pode fazer qualquer coisa para ter o próprio dinheiro, e começar a trabalhar. É só ter uma barra de chocolate, e querer fazer. Eu comecei a fazer bombons com o chocolate que sobrou do bolo do aniversário do meu pai, eu não ia jogar fora, então, eu aprendi, fiz, vendi, e com o dinheiro que recebi, comprei mais matéria prima para aumentar a produção”, explica Alyce.
Os ovos de colher viraram mania em Campo Grande
Foto: Deurico/Capital News
