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Cotidiano Quinta-feira, 27 de Março de 2014, 13:55 - A | A

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Município aguarda recurso do BID para revitalizar Rua 14 de Julho

Rodson Willyams - Especial - Capital News

A prefeitura de Campo Grande busca por meio de financiamento junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), R$ 128 milhões de reais (96 milhões de dólares), para executar o projeto Reviva Centro que prevê a revitalização da Rua 14 de Julho, entre a Rua 26 de agosto e a Avenida Mato Grosso, em Campo Grande. O Executivo já solicitou o empréstimo, mas aguarda o desembaraço burocrático para obter o recurso e se for concedido às obras começam em 2015. O anúncio foi realizado na manhã desta quinta-feira (27), durante reunião com representantes do setor do comércio, na sede da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG).

De acordo com o prefeito Gilmar Olarte (PP), o projeto de revitalização da 14 de julho tem como objetivo principal oferecer à população conforto e segurança, uma vez que muitas pessoas se deslocam até ao centro para fazer compras. “Já temos um estudo que comprova que a população tem o hábito de ir às compras no centro. Vamos ratificar o projeto Reviva Centro, assumir a questão do estacionamento e acharmos alternativas para com meio de transporte alternativo”.

Segundo a coordenadora da Unidade de Programas e Projetos Especiais da Prefeitura, Catiana Sabadin Zamarrenho, o projeto prevê a criação de um calçadão na Rua 14 de Julho, diminuindo as pistas e incluindo um projeto de paisagismo no local. “Nós vamos reduzir de quatro, para duas pistas de rolamento, retirando o estacionamento do local. Com isso, o trânsito será descolado para outras regiões, a Rua Padre João Crippa e Avenida Ernesto Geisel, no centro”.

Com a redução de vagas de estacionamento na área central, a Prefeitura estuda utilizar o estacionamento da Feira Central e transformar um terreno próximo à Feira para a população deixar os veículos. “A partir daí estudamos uma alternativa de colocarmos um transporte alternativo como vans, para fazer essa ligação entre o estacionamento e o centro da cidade”, explicou a coordenadora.

Segundo pesquisa levantada pela Associação Comercial de Campo Grande, comerciantes e funcionários que trabalham na região central chegam às 7h30 e só saem às 18 horas, sendo que os mesmos almoçam pelo centro da cidade.

Conforme o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Turismo e Agronegócio (Sedesc), Edil Albuquerque, os incentivos foram dados pela Prefeitura, “agora depende de vocês (comerciantes) criarem atrativos para atender os clientes”.

Zamarrenho declarou que se caso o Executivo municipal conseguir o recurso, o prazos de vencimentos para saldar a dívida será de 20 anos. “As condições são boas, é uma condição que a gente deve paga 2% ao ano da Libor (Taxa de Juros internacional), e teremos uma carência de quatro anos com uma amortização de 20 anos”. A provação ainda depende aprovação do Senado por se tratar de investimento internacional.

Reivindicações

Durante o encontro com o prefeito Gilmar Olarte, os comerciantes fizeram diversas solicitações que foram acompanhadas atentamente pelo chefe do Executivo. Entre as principais está a questão sobre a ampliação de uma loja no centro, onde devido a acordo firmado, a loja que não conseguir oferecer estacionamento entra com contrapartida junto a prefeitura. O valor de R$ 50 mil foi considerado exorbitante pelos empresários.

“Isso é muito sério e precisamos discutir, não podemos mudar a lei. Vamos criar uma comissão junto com a Semadur e demais pastas e a ACICG para discutir sobre esse assunto”, falou o prefeito.

Outro ponto explanado na reunião foi com relação à cobrança de estacionamento feito pelo Flexpark a clientes que realizam compras rápidas. Os comerciantes pediram ao prefeito que seja criado um sistema flexível com redução de tempo para comprar rápidas. Hoje quem precisa ir ao centro, mesmo que fique 10 minutos acaba pagando R$ 7 a R$ 8 por uma hora. “Neste caso, busco apoio da Câmara Municipal, através da vereadora Juliana Zorzo (PSC) para fazer um estudo sobre esse uso social”, explicou o prefeito que estava acompanhado da parlamentar.

Os comerciantes pediram agilidade ao prefeito sobre os projetos que ainda permanecem na Semadur, agendaram também uma reunião para semana que vem para estudar projeto de viabilidade destinado a antiga rodoviária da Capital e recomendaram ao prefeito uma atenção maior durante a execução das obras para que os tapumes façam parte da nova mudança do centro permita a interação das pessoas durante o processo de revitalização da área central.

Segundo a coordenadora, os projetos executivos já estão em andamento para serem realizados somente no ano que vem.
 

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