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Cotidiano Sexta-feira, 21 de Março de 2014, 13:42 - A | A

Sexta-feira, 21 de Março de 2014, 13h:42 - A | A

Conselheiros renunciam na OAB e Conselho Federal deve intervir na Instituição

Rodson Willyams - Especial - Capital News

Representantes dos Conselheiros, Federal, Seccional e das Subseções da Ordem dos Advogados de Mato Grosso do Sul devem protocolizar nos próximos dias a renúncia dos cargos como forma de repúdio a administração do atual presidente da Instituição, Júlio Cesar Souza Rodrigues. A informação foi confirmada nesta sexta-feira (21), em Campo Grande.

De acordo com o Secretário Geral-Adjunto da OAB, Jully Eyder da Cunha Souza, está foi à forma encontrada pelos conselheiros para resolver um antigo problema de forma imediata. Até o momento, o Conselho Federal não tomou posicionamento sobre as frequentes crises que vive a Instituição.

“Não é novidade que estamos em confronto com a atual gestão. De lá para cá, a coisa só piorou. É vergonhoso o que o Julio fez praticando atos ilegais e decidindo coisas que não podia e que era de competência do Conselho. Nós temos o respeito pela Instituição”, explica o Secretário.

Ainda segundo Eyder, “o presidente não participa das reuniões realizadas pelo Conselho e fica na sala dele, não desce. Não tem diálogo e isso gera certa instabilidade”.

Já para o conselheiro federal da OAB, Carlos Marques, os conselheiros não têm autonomia para retirar Júlio Cesar da presidência da casa. “Estamos em busca de todas as assinaturas para só então, protocolizar e fazer um ato público. Nós não temos poder para tirar o presidente e isto vai ficar por conta do Conselho”.

E explica que isso nunca aconteceu no Brasil, “mas o Conselho Federal vai nomear uma junta interventora. Por hora, ninguém sabe como isso vai ocorrer, mas em dois meses será convocada nova eleição”.

Jully Eyder lembra que uma liminar foi ingressada devido ao dano a imagem da Instituição e “não podemos permitir que a Instituição fique no descrédito e que seja imputada pela nossa conduta. Isso é um escândalo moral e não podemos deixar isto em baixo do tapete”. E declarou, que “isso tem que servir de exemplo e não ter apego ao poder. Não fizemos nada de errado, mas estamos colocando os nossos cargos para que aquele que está à frente possa sair. É bom enfatizar que nós não estamos no mesmo barco”, disse o secretário.

Marques participou da coordenação da campanha de Júlio Cesar e afirmou se sentir desrespeitado pelo atual presidente. “Me sinto traído, humilhado pelo que ele fez, com ato ilegal, imoral e ilícito. Por não dar a mínima para ninguém e para as instituições que integram a OAB. Ele precisa ser retirado imediatamente do cargo”.

A reportagem do Capital News entrou em contato com assessoria de imprensa da Ordem dos Advogados de Mato Grosso do Sul, onde informou que até o momento não foi formalizado nenhum um pedido de renúncia e por este motivo não irá se manifestar sobre o caso.
 

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