O secretário municipal de Saúde, Ivandro Fonseca, afirmou na manhã deste sábado (8) durante evento na Praça do Rádio Clube, que foi aberta uma sindicância para apurar o motivo pelo qual o o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) não prestou socorro ao menino Heber Caio, de oito anos, que morreu ontem, em Campo Grande.
Ivandro declarou que o médico do Samu utilizou o protocolo correto de atendimento, mas a equipe de investigação trabalhará para averiguar as provas materiais sobre o caso. “Nós já temos a gravação pedindo o socorro do Samu, e essa gravação já foi ouvida, só que iremos respeitar o processo legal da sindicância”, disse. Fonseca afirmou que o laudo deve sair em 30 dias.
Tristeza
Na manhã deste sábado, o corpo do menino foi velado na Pax Nippon e sepultado no cemitério Santo Amaro, na capital. Abalado e sob efeito de remédios, o pai da criança, Robson Silva Ribeiro, não quis falar com reportagem pelo telefone, mas afirmou que a principio foi informado que as causas da morte teria sido choque anafilático, que caracteriza reação alérgica.
Morte
O menino morreu na madrugada de sexta-feira (7), depois de a família pedir socorro ao Samu e também ao Corpo de Bombeiros. O pai da criança, afirmou ao Capital News que durante o feriado de carnaval a criança jogou bola e machucou a perna. Ao voltar para a casa, vendo o filho reclamando de dores, Robson disse que a esposa medicou o filho com analgésicos, mas como a dor não passava ela deu a ele um relaxante muscular.
Na sexta-feira, Heber voltou a queixar-se de dor na perna e começou a passar mal, momento em que a família acionou o Samu.
Ainda de acordo com Robson, pelo telefone a mãe da criança relatou os sintomas do filho, quando, segundo ela, foi dito pelo atendente do Samu, que as reações do menino não eram suficientes para a equipe remover uma unidade de resgate.
Diante da negativa, a mulher acionou o Corpo de Bombeiros que a informou sobre a falta de viatura disponível na guarnição. Depois das tentativas frustradas, a mãe percorreu a vizinhança em busca de ajuda para levar o filho ao Posto de Saúde, onde o menino já chegou sem vida.
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Foto: Deurico/Arquivo Capital News
