As papelarias de Campo Grande amanheceram lotadas nesta segunda-feira (27). As aulas na maior parte das escolas, públicas e particulares, começam na próxima semana e pais têm de “correr” para fazer pesquisa, encontrar o melhor preço e comprar o material escolar das crianças.
No centro da Capital, na papelaria Shop Tudo, o movimento quadruplicou, desde o fim da semana passada. Segundo o proprietário, Paulo Roberto Fernandes, de 55 anos, fora deste período que antecede do início das aulas, a loja recebe cerca de 250 pessoas por dia, mas passou a atender 1 mil clientes por dia, de quinta-feira passada para hoje.
Não é mito que brasileiro deixa tudo para a última hora. Apesar do pouco tempo para o término das férias, Paula Bertoline, 33, e o marido Juliano começaram hoje a fazer a cotação da lista de material escolar da filha Ana Julia, de 2 anos. Ele já foram em duas papelarias.
Casal de Bonito aproveitou as férias em Campo Grande para comprar o material da filha
Foto: Reginaldo Coelho/Capital News
Engana-se quem pensa que a pequena não precisa de cadernos e canetas. A lista de Ana Julia tem 37 itens, conta a mãe. O casal veio de Bonito passar as férias na Capital e preferiu já comprar por aqui o material. “Aqui é mais barato, com certeza”, afirma Paula.
O dentista Carlo Veronezzi, de 42 anos, levou o filho à Shop Tudo para fazer a compra do material. “Não tive tempo antes”, disse. Veronezzi não fez pesquisa de preços. “Me disseram que aqui o preço estava bom”.
Dentista levou o filho para comprar o material e escolheu a papelaria que outros pais comentaram do bom preço
Foto: Reginaldo Coelho/Capital News
Eunice Leal, 38 anos, tem de fazer compra de material para dois. Ele afirma que a lista pesa no orçamento. “Ainda estou vendo os preços”, conta a mãe de Gabriel, 10, e Gustavo, 12 anos.
Pesquisa
Pesquisa da Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) mostra que vale a pena pegar a lista de material escolar e “bater perna” para encontrar o melhor preço. Uma régua plástica, de 30 centímetros, pode custar R$ 0,33 em uma papelaria de Campo Grande e R$ 1,60 em outra. Esta é a maior variação de preço, 385%, nos itens exigidos pelas escolas.
O levantamento foi feito no dia 11 de janeiro, em cinco lojas da Capital. O Procon comparou os valores cobrados por 117 produtos.
Confira abaixo a pesquisa na íntegra:
