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Rural Sexta-feira, 12 de Novembro de 2021, 12:35 - A | A

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Dengue

Mato Grosso do Sul corre risco de nova epidemia de dengue

Número de notificações da doença coloca estado em 5º lugar no país

Silvio Ferreira
Capital News

Divulgação/SES

Mato Grosso do Sul corre risco de nova epidemia de dengue

Número de notificações da doença coloca estado em 5º lugar no país. 

Números atualizados em 11 de novembro pela Secretária Estadual de Saúde (SES) apontam que, antes mesmo da chegada do verão - período em que as doenças provocadas pelo Aedes aegypti atingem seu ápice - Mato Grosso Sul já registra 11.201 casos da doença no estado e 13 mortes confirmadas. A incidência é de 399,6 para cada 100 mil habitantes, a quinta maior no país, considerada alta, o que se repete em 25 municípios. O maior número de casos confirmados foi registrado em Três Lagoas (1.788), seguido por Corumbá (1.576). 

 

Com o início da temporada das chuvas, a multiplicação dos Aedes aegypti ocorre de forma exponencial. Os ovos dos mosquitos conseguem resistir a longos períodos de baixa umidade, podendo ficar até 450 dias em ambiente seco e eclodem rapidamente após o início das chuvas. 

 

SES capacita vigilância sanitária contra a Dengue, Zika e Chikungunya

Diante dessa ameaça, a Secretária de Estado de Saúde (SES) realiza até dezembro, 

a capacitação dos coordenadores de vigilância epidemiológica com coordenadores de saúde dos 79 municípios do Estado, para notificação adequada de casos e o cenário epidemiológico da Dengue, Zika e Chikungunya de cada região. Nesta sexta-feira, a secretaria conclui a capacitação de 10 municípios da macrorregião de Três Lagoas. ]

 

Segundo a Gerente de Doenças Endêmicas da SES, Jéssica Klener, o registro de controle adequado auxilia o Estado e os municípios nas ações de enfrentamento às arboviroses:

 

“Com a diminuição dos casos de Covid-19 no Estado, nós pudemos retornar aos municípios oferecendo essas capacitações. Assim, de forma presencial, tiramos as dúvidas e atualizamos sobre o registro do fluxo de como e quando notificar, qual sistema usar e o que deve ser encaminhar ao Lacen para análise. Ações extremamente importantes para este enfrentamento”.

 

Biotecnologia

Além das campanhas de conscientização e aspersão de veneno, uma ferramenta de combate ao mosquito tem sido a biotecnologia. O Projeto Controle Natural de Vetores, desenvolvido pela Forrest Brasil Tecnologia, com o trabalho de cientistas brasileiros e israelenses, se mostrou eficiente. Em Ortigueira (PR), numa parceria com a empresa Klabin e o município, a ação já comprovou seus melhores resultados no Paraná. Implantado em novembro de 2020, em seis meses, a redução foi de 92% da população local de mosquitos. O número de pessoas doentes também caiu, de 120 para 4, quase 97%. Não foram registradas mortes.

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