Válter Campanato/Agência Brasil
José Mauro Coelho ficou pouco mais de dois meses à frente da Petrobrás
A Petrobras se transformou no alvo da vez do presidente Jair Bolsonaro para justificar as altas nos preços dos combustíveis, falando até em CPI para investigar as decisões da alta cúpula da estatal que foi indicada por ele mesmo. Em meio aos ataques, a empresa deve ter um presidente interino. Nesta segunda-feira (20), José Mauro Coelho pediu demissão do cargo de presidente da empresa e renunciou ao cargo de membro do Conselho de Administração.
Coelho já sabia que deixaria o cargo desde o dia 23 de maio, quando o presidente decidiu pela sua troca, pouco mais de um mês depois de sua posse, em 14 de abril. Ele ainda seguiu à frente da empresa até que o novo indicado fosse aprovado pelo Comitê de Pessoas da Petrobrás, mas nesta segunda não suportou a pressão do governo.
Com a saída de Coelho, o presidente do Conselho de Administração da estatal nomeou como presidente interino da companhia o diretor executivo de Exploração e Produção, Fernando Borges, até a eleição e posse do novo presidente, como prevê o estatuto da empresa.
O nome indicado por Bolsonaro é o de Caio Mário Paes de Andrade. Ele indicado precisa ser aprovado pelo Comitê de Pessoas da Petrobras, que faz a avaliação de currículo. Depois, tem que ser eleito na Assembleia Geral Ordinária da empresa. Após essa etapa, ainda terá seu nome submetido ao Conselho de Administração da companhia, onde precisará ser aprovado. Governo espera que essa reunião aconteça ainda essa semana.
