O governo de Mato Grosso do Sul afastou compulsoriamente o investigador Augusto Torres Galvão Florindo, detido pela Polícia Federal após ser flagrado recebendo R$ 160 mil em propina. A decisão foi publicada na edição desta terça-feira (2) do Diário Oficial Eletrônico e assinada pelo corregedor-geral da Polícia Civil, Clever José Fante Esteves.
Segundo a portaria, o afastamento ocorre devido à prisão em flagrante, posteriormente convertida em preventiva. O policial, que atuava na Delegacia Garras, permanece fora de suas funções enquanto durar a detenção. “O objetivo é preservar a integridade da investigação”, destaca o documento.
O Estado também determinou o bloqueio de logins e senhas do agente em sistemas como Sigo e Infoseg, além da suspensão de férias. A arma, a carteira funcional e “demais pertences do patrimônio público destinados ao referido policial” foram recolhidos.
A PF interceptou Augusto no momento em que, segundo os investigadores, receberia propina para facilitar ações de contrabandistas. Outro preso na operação foi o ex-guarda municipal Marcelo Raimundo da Silva, responsável por entregar o dinheiro. A ação só foi possível após uma denúncia anônima apontar o saque de grande quantia para pagamento ilícito.
O caso reacendeu o alerta sobre a infiltração de servidores da segurança em esquemas criminosos na fronteira. O secretário de Justiça e Segurança Pública, Antônio Carlos Videira, afirmou que “não se trata de um episódio isolado”, citando apurações internas em andamento. A ASMMP também se manifestou em defesa da promotora Luciana Moreira Schenk, esposa do policial preso, repudiando tentativas de vincular seu nome ao crime e anunciando medidas para resguardar sua integridade.
• • • • •
• Junte-se à comunidade Capital News!
Acompanhe também nas redes sociais e receba as principais notícias do MS onde estiver.
• • • • •
• Participe do jornalismo cidadão do Capital News!
Pelo Reportar News, você pode enviar sugestões, fotos, vídeos e reclamações que ajudem a melhorar nossa cidade e nosso estado.
