Os três réus pela execução de Ademir José de Almeida foram condenados a um total de 69 anos de prisão no último dia 6, em Coxim, a 239 quilômetros de Campo Grande. O crime ocorreu em 1º de junho de 2023 e, poucos dias depois, os envolvidos foram denunciados pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS).
Submetidos ao Tribunal do Júri, Gilmar da Silva Oliveira, conhecido como “Gil”, Pedro Henrique Lourenço, o “Paraná”, e Josimar Silva de Oliveira, o “Jô”, responderam por homicídio duplamente qualificado — motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima. O julgamento durou mais de 12 horas e foi presidido pelo juiz Bruno Palhano Gonçalves.
Josimar, apontado como mandante da execução, recebeu a maior pena: 28 anos de prisão. Seu irmão, Gilmar, identificado como o piloto da motocicleta usada no crime, foi condenado a 25 anos, ambos em regime fechado. Já Pedro Henrique, responsável pelos disparos, foi sentenciado a 16 anos e seis meses.
Segundo o MPMS, o juiz negou aos réus o direito de recorrer em liberdade, garantindo que permaneçam presos para cumprimento das penas. Também foi determinada a perda de todos os bens apreendidos, incluindo a motocicleta utilizada no assassinato.
Execução motivada por vingança
Ademir foi morto quando chegava em sua casa, na Rua dos Gerânios, sendo interceptado por Gilmar e Pedro Henrique em uma motocicleta. Pedro, que estava na garupa, efetuou vários disparos contra a vítima, fugindo em seguida. A dupla escondeu a moto e a arma às margens do Córrego da Onça.
A investigação concluiu que Josimar ordenou a execução por vingança. Ele trabalhava como “cobrador” para Ademir e os dois tiveram um desentendimento relacionado à posse de um barco e à divisão de lucros em outro negócio. Após perder o barco para a vítima, Josimar passou a ameaçá-la de morte.
Os três foram presos depois que a polícia os localizou na Chácara Jatobá, zona rural de Coxim, onde conversavam sobre o crime e demonstravam preocupação em terem sido descobertos.
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