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Nacional Quinta-feira, 19 de Setembro de 2019, 08:20 - A | A

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Investigado

Líder do Senado e filho são alvos de operação da Polícia Federal

Mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos no Senado e na Câmara dos Deputados

Elaine Silva
Capital News

 

Marcelo Camargo/Agência Brasil

Líder do Senado e filho são alvos de operação da Polícia Federal

Senador Fernando Bezerra Coelho é um dos alvos da operação da Polícia Federal

Líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), e do filho dele, deputado Fernando Bezerra Coelho Filho (DEM-PE) estão sendo investigados pela Polícia Federal por irregularidades em obras da transposição do Rio São Francisco no período em que Bezerra foi ministro da Integração Nacional , no governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

 

Os policiais federais estão cumpridos mandados de busca e apreensão nos gabinetes dos alvos, no Senado e na Câmara dos Deputados. Por ordem do Supremo Tribunal Federal, foram expedidos 52 mandados de busca e apreensão envolvendo endereços de todos os investigados, dentre eles autoridades públicas, beneficiários dos recursos e das empreiteiras envolvidas. Aproximadamente 220 policiais federais estão participando das diligências e ações nesta data.

 

Segundo a Agência Brasil, em nota, o advogado de defesa André Callegari, afirmou que as medidas se referem a "fatos pretéritos" e que a justificativa seria a "a atuação política e combativa do senador". "Causa estranheza à defesa do senador Fernando Bezerra Coelho que medidas cautelares sejam decretadas em razão de fatos pretéritos que não guardam qualquer razão de contemporaneidade com o objeto da investigação. A única justificativa do pedido seria em razão da atuação política e combativa do senador contra determinados interesses dos órgãos de persecução penal", disse a defesa.

 

A  comissão mista que analisa a Medida Provisória 870/19 realiza reunião para votação do relatório do senador Fernando Bezerra Coelho sobre o assunto.

 

Investigação foi instaurada no ano de 2017, conforme a nota da PF, teve início a partir de colaborações firmadas com investigados presos no âmbito da Operação Turbulência, deflagrada em junho de 2016 e que apurava, por sua vez, o uso de empresas de fachada, controladas pelos aludidos colaboradores, na lavagem de dinheiro de empreiteiras e no pagamento de propinas a políticos. 

 

Os colaboradores confirmaram o pagamento de vantagens indevidas a autoridades públicas, entre os anos de 2012 e 2014, realizados por empreiteiras que estavam executando obras custeadas com recursos públicos. A investigação também constatou que dívidas pessoais de autoridades, principalmente relativas às campanhas eleitorais, foram pagas pelas empresas ora investigadas. 

 

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