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Nacional Terça-feira, 10 de Novembro de 2020, 19:15 - A | A

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Casa caiu

Gestores para empresas investigadas por narcotráfico serão indiciados

Três empresas confiscadas e outras que estão sendo investigadas serviam para lavar dinheiro ilícito

Elaine Silva
Capital News

Tomaz Silva/Agência Brasil

Polícia Federal investiga fraudes no auxílio emergencial

Operação foi deflagrada nesta terça

 

Grupo de profissionais para gerir três das empresas alvo da Operação Narcobroker, deflagrada pela Polícia Federal (PF) na última quarta-feira (04), em ação conjunta com a Receita Federal, serão indiciados pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e o Conselho Federal de Administração (CFA). 

 

As companhias eram usadas em um suposto esquema organizado por um grupo de narcotraficantes que enviava cocaína para a Europa. De acordo com o Ministério da Justiça, as três empresas confiscadas e outras que estão sendo investigadas serviam para lavar dinheiro ilícito. Conforme a Agência Brasil, os interventores serão indicados pela Secretaria Nacional de Política sobre Drogas (Senad), vinculada ao ministério, junto com o CFA. A medida é fruto de uma parceria firmada em junho deste ano para permitir que empresas apreendidas em ações de combate ao crime organizado possam continuar a executar suas operações legais, evitando prejuízos para funcionários e para a economia.

 

Com a parceria, o CFA criou um banco de dados contendo uma relação de administradores habilitados a avaliar e gerenciar empresas. Os profissionais cadastrados e habilitados podem ser acionados de acordo com a necessidade. Além de evitar a depreciação do valor da empresa confiscadas, a medida visa a gerar recursos para a União.

 

No mês passado, a Senad já havia anunciado a indicação de profissionais recomendados pelo CFA para gerir 73 empresas confiscadas após a realização da chamada Operação Rei do Crime. Deflagrada no fim de setembro, a ação da PF atingiu um braço financeiro da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Além do confisco das empresas, mais de R$ 730 milhões depositados em contas bancárias foram bloqueados com autorização judicial. 

 

Segundo o ministério, valores eventualmente obtidos com a alienação (venda) de estabelecimentos confiscados por associação ao tráfico de drogas serão destinados ao Fundo Nacional Antidrogas (Funad), para financiar as ações de combate às drogas.

 

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