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Quarta-feira, 25 de Maio de 2022, 10h:47

Caso Marielly: réus vão a julgamento 11 anos após aborto que terminou em morte

Sete anos depois ele tentou matar a esposa, irmã de Marielly

Laura Holsback
Capital News

Deurico/Arquivo Capital News

Acusado pela morte de cunhada, esfaquear a esposa é preso por atraso no pagamento de pensão

Hugleice pagou R$ 500 para fazer aborto de Marielly na casa de Jodimar

Onze anos depois, a Justiça de Mato Grosso do Sul marcou para setembro o julgamento dos réus envolvidos na morte de Marielly Barbosa Rodrigues que ocorreu após um aborto malsucedido.

Reprodução

Réus vão a julgamento 11 anos após aborto que resultou em morte

Marielly morreu ao ser submetida a aborto malsucedido.

 

Conforme despacho feito no processo no dia 20 de maio, Hugleice da Silva e Jodimar Ximenes serão levados ao Tribunal do Júri, a partir das 9h do dia 15 de setembro, no plenário da comarca de Sidrolândia, cidade onde o fato ocorreu. 

 

Hugleice era cunhado de Marielly que supostamente esperava um filho dele, e, por isso ele teria articulado o aborto. Jodimar exercia a profissão de enfermeiro e teria executado o procedimento que terminou na morte da jovem. O valor pago na época foi de R$ 500.

 

O corpo de Marielly foi encontrado no dia 11 de junho de 2011 em um canavial em Sidrolândia, a 50 quilômetros da Capital. Os crimes imputados a eles, conforme denúncia do Ministério Público, são aborto e ocultação de cadáver. 

 

Mesmo após o fato envolvendo o marido e a irmã, a esposa de Hugleice continuou o relacionamento com ele. Em 2018, em uma crise de ciúme, o rapaz tentou matá-la a facadas, em Mato Grosso. Dois anos depois, submetido a julgamento na Justiça do Estado, Hugleice foi condenado a 12 anos e 3 meses de prisão em regime inicial fechado. 

 

O despacho do processo diz ainda que se Hugleice ainda estiver preso no Estado de Mato Grosso, deverá ser escoltado a fim de participar do julgamento. Jodimar aguarda o desfecho do caso em liberdade, mensalmente apresentando-se à Justiça de MS.