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Terça-feira, 11 de Janeiro de 2022, 17h:34

Estiagem traz queda na produção de soja em Mato Grosso Sul

Expectativa que era de 12,773 milhões de toneladas, agora está em 12,164 milhões.

Elaine Silva
Capital News

Aprosoja

Em MS safra de soja avança com 90% das lavouras em boas condições

Soja

Estiagem em Mato Grosso do Sul provocou a retração de 4,77% na produtividade prevista para safra de soja de 2021/2022, caindo de 56,38 para 53,69 sacas por hectares.  Conforme levantamento feito pela Aprosoja-MS, Semagro e Famasul, a expectativa que era de 12,773 milhões de toneladas, agora está em 12,164 milhões.

 

Titular da Semagro, o secretário Jaime Verruck, destacou que a estiagem teve relação direta nos números da safra. “Pela produtividade média que era de 58 sacas por hectares, a nossa estimativa inicial era chegar nos 12,77 milhões de toneladas, mas ao longo deste processo, tivemos o problema de crise hídrica muito forte em dezembro, principalmente no Conesul, de Dourados, Ponta Porã até Mundo Novo, que foram as áreas mais afetadas”, afirmou Verruck.

 

Na comparação com a produtividade da safra 2020/2021 houve uma retração de 14,56%, passando de 62,84 sacas por hectares para 53,69.  De acordo com a Semagro, neste cenário a produção caiu 8,58%, passando de 13,306 milhões (toneladas) para 12,164 milhões. ao menos a área plantada de soja foi a recorde neste ano, tendo um aumento de 7% comparada a safra do ano passado, passando de 3,529 milhões de hectares para 3,776 milhões (hectares). “Trata-se de uma estratégia que o governo desenvolveu de recuperação de áreas, para novas áreas para produção de soja”, explicou.

 

Situação de Emergência 

Após reunir-se com as diretorias da Famasul e Aprosoja, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), decretou situação de emergência nas 79 cidades do Estado, em função da seca e estiagem.

 

“Desde o mês de dezembro, estamos monitorando a questão da estiagem e seca prolongada em Mato Grosso do Sul. Estamos com volume de chuvas muito pequenas, que trazem grandes problemas em todo Estado, por isso decretamos a situação de emergência”, explicou o governador.

 

A situação de emergência pelo prazo de 180 dias autoriza a Administração Direta e as entidades (indiretas) do Poder Executivo a destinar recursos humanos, financeiros e materiais, assim como veículos e equipamentos para auxílios em abastecimento de água para consumo humano e aos animais.

 

Conforme o Governo do Estado, o decreto ainda autoriza a mobilização de todos os órgãos estaduais para atuarem sob a coordenação da Defesa Civil, nas ações para conter este cenário de seca. Também se concede aval para convocar voluntários para reforçar as ações de resposta aos desastres, assim como promover campanhas de arrecadação de recursos.

 

Neste período ficam dispensados de licitações os contratos para aquisição de bens necessários para realizar tais atividades em resposta a este cenário, assim como prestação de serviços e de obras relacionadas a esta situação, no prazo máximo de 180 dias. 

 

Decreto foi publicado nesta terça-feira (4) no Diário Oficial do Estado (DOE) entra em vigor na data da sua publicação.