País subiu cinco posições no último ano, mas segue bem abaixo de sua maior colocação já registrada
A Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI) divulgou recentemente o ranking atualizado do Índice Global de Inovação (IGI), com o Brasil ocupando a 57º posição dentre 132 países. Se comparado com o ano passado, o Brasil subiu cinco posições, mas ainda está bem abaixo de sua melhor colocação já registrada, que foi o 47º lugar em 2011.
Na América do Sul e América Central, o Brasil ocupa o 4º lugar em inovação e fica atrás do Chile, México e Costa Rica. Já se tratando do BRICS, grupo de países com mercado emergente, o Brasil está na penúltima de 61 posições, superando apenas a África do Sul. A primeira posição do ranking geral é ocupada pela Suíça, seguida da Suécia, Estados Unidos, Reino Unido e Coréia do Sul.
De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), as principais fraquezas do Brasil estão a cargo da formação bruta de capital, a facilidade para abrir uma empresa e obter crédito, além da taxa tarifária aplicada. Em comunicado, a CNI afirma que o país ocupa uma posição incompatível com sua estrutura, que hoje tem a 12º maior economia do mundo, e que deve ser traçada uma estratégia ambiciosa com foco no desenvolvimento científico, tecnológico e o fortalecimento da indústria nacional como prioridades.
Para isso, seria necessário um investimento maior no setor de ciência, tecnologia e inovação. Dados da Unesco apontam que o Brasil investe apenas 1,15% em seu Produto Interno Bruto (PIB), ficando muito atrás dos primeiros colocados do ranking: Suíça (3,2%), Suécia (3,1%) e Estados Unidos (2,7%). A CNI ainda aponta a drástica queda no investimento científico nacional que ocorreu entre 2014 e 2020, o que afetou negativamente o desempenho do país no ranking.
Se tratando dos avanços registrados em 2020, o Brasil se destacou no crescimento de produtividade no trabalho e nos gastos totais com software. Muitas das inovações estão voltadas para ferramentas e outros recursos digitais que facilitam o dia a dia, como aluguel de carro para aplicativo, apps de delivery variados e outros relacionados.
Apesar do crescimento discreto nas inovações, o Brasil apresentou um desempenho melhor em insumos de inovação e resultados de inovação, subindo para 56º lugar (antes ocupando o 59º) e 59º (antes no 64º) em seus respectivos rankings.