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Sexta-feira, 14 de Maio de 2021, 10h:05

Sputnik: Consórcio Brasil Central autoriza assinatura de contrato para importação da vacina

Repasse de recursos será efetuado após a Anvisa autorizar o uso ou STF divulgar decisão autorizando a aquisição pelos Estados

Elaine Silva
Capital News

Anderson Ramos/Capital News

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Vacina contra a covid-19

Mato Grosso do Sul junto com os seis Estados participantes aprovaram a assinatura do contrato com o Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF) para a importação de 28 milhões de doses da vacina Sputnik v para o combate à Covid-19, por meio do Consórcio Brasil Central realizada nesta quinta-feira (13).  “Essa compra é muito importante porque avança, assim que chegar essas doses, a quantidade de pessoas imunizadas em Mato Grosso do Sul e em todos os estados que fazem parte do Brasil Central”, explicou o governador do Estado Reinaldo Azambuja (PSDB).

Mato Grosso do Sul vai adquirir 2 milhões de doses da vacina com a capacidade de imunizar 1 milhão de pessoas. Conforme divulgado pela assessoria, o repasse de recursos só será efetuado após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizar o uso no País ou se o Supremo Tribunal Federal (STF) divulgar decisão autorizando a aquisição pelos Estados.

Com a autorização do consórcio, a assinatura do contrato com o Fundo Soberano Russo para a compra das vacinas tem previsão de ser assinado na próxima semana. A eficácia da Sputnik V, que exige a aplicação de duas doses, é de 91,6%, segundo dados publicados na revista científica "The Lancet".

Formação
Consórcio Interestadual de Desenvolvimento do Brasil Central (BrC) é formado pelo Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Tocantins, Maranhão e Rondônia. O governador Reinaldo Azambuja já presidiu o consórcio. Hoje, a presidência é do governador do DF, Ibaneis Rocha.

Entenda o caso
Decisão STF
Após a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, na última semana, Mato Grosso do Sul poderá ser um dos beneficiados para comprar a vacina russa Sputnik V para combate à covid-19. Ação foi proposta pelo do Maranhão. Em sua decisão, o ministro deu prazo até o dia 28 deste mês para que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se manifeste sobre a "importação excepcional e temporária" do imunizante.

Anvisa
Imunizante contra Covid-19 desenvolvido na Rússia ainda precisa de aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser aplicado no Brasil. A eficácia da Sputnik V, que exige a aplicação de duas doses, é de 91,6%, segundo dados publicados na revista científica "The Lancet". De acordo com o Governo do Estado, a intenção é que a vacina comece a chegar ao País ainda neste semestre.

Negativa 
Cinco diretores Anvisa rejeitaram, por unanimidade, a importação e o uso da vacina russa Sputnik V pelo Brasil. Diretor da Anvisa, Alex Machado Campos, que é o relator do pedido, considerou que o imunizante pode trazer riscos à saúde. Além disso, foram apontadas falhas e pendências na documentação apresentada pelo fabricante. Ele se baseou em pareceres técnicos de três gerências da Anvisa, que fizeram uma apresentação no início da reunião.