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Segunda-feira, 01 de Junho de 2020, 07h:29

Celso de Mello compara cenário político no Brasil ao da Alemanha de Hitler

Por Marco Eusébio

Da coluna Entrelinhas da Notícia
Artigo de responsabilidade do autor

Carlos Moura/STF

ColunaMarcoEusébio

Celso de Mello diz que bolsonaristas querem ditadura e compara cenário ao da Alemanha de Hitler

O ministro Celso de Mello, do Supremo, comparou o atual cenário político no Brasil com protestos de bolsonaristas pedindo intervenção militar, ao da Alemanha de Hitler, em mensagem reservada enviada a contatos ontem via WhatsApp, cujo texto foi reproduzido neste domingo pelo Estadão de S.Paulo. "GUARDADAS as devidas proporções, O 'OVO DA SERPENTE', à semelhança do que ocorreu na República de Weimar (1919-1933), PARECE estar prestes a eclodir NO BRASIL!", diz trecho do texto reproduzido pelo jornal, com trechos destacados pelo ministro em letras maiúsculas. Conforme o Estadão, o gabinete do ministro fo procurado mas não se manifestou.

"É PRECISO RESISTIR À DESTRUIÇÃO DA ORDEM DEMOCRÁTICA, PARA EVITAR O QUE OCORREU NA REPÚBLICA DE WEIMAR QUANDO HITLER, após eleito por voto popular e posteriormente nomeado pelo Presidente Paul von Hindenburg, em 30/01/1933, COMO CHANCELER (Primeiro Ministro) DA ALEMANHA ('REICHSKANZLER'), NÃO HESITOU EM ROMPER E EM NULIFICAR A PROGRESSISTA, DEMOCRÁTICA E INOVADORA CONSTITUIÇÃO DE WEIMAR, de 11/08/191, impondo ao País um sistema totalitário de poder viabilizado pela edição , em março de 1933 , da LEI (nazista) DE CONCESSÃO DE PLENOS PODERES (ou LEI HABILITANTE) que lhe permitiu legislar SEM a intervenção do Parlamento germânico!!!!" escreveu Celso de Mello.

Ao concluir a mensagem, Celso de Mello citou recentes manifestações de bolsonaristas. "'INTERVENÇÃO MILITAR', como pretendida por bolsonaristas e outras lideranças autocráticas que desprezam a liberdade e odeiam a democracia, NADA MAIS SIGNIFICA, na NOVILÍNGUA bolsonarista, SENÃO A INSTAURAÇÃO , no Brasil, DE UMA DESPREZÍVEL E ABJETA DITADURA MILITAR!!!!", disparou o ministro, informa o site do Estadão, lembrando que Mello é relator do inquérito que apura denúncias de Sérgio Moro sobre suposta intervenção política de Bolsonaro na PF e vai se aposentar em novembro, quando completará 75 anos.

 

 

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