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Domingo, 08 de Março de 2020, 08h:35

Mulheres quebram barreiras e mostram que não existem cargos "só para homens”

Na empresa Suzano em MS, elas são maioria em setores como Viveiro, Planejamento Florestal e Qualidade industrial e chegaram a cargos como gerente de Manutenção e operadora de Grua

Hélder Rafael
Capital News

Divulgação/Suzano

Vivian, operadora de painel

Vivian, operadora de painel

Na Suzano, mulheres quebraram barreiras e mostraram que a ideia inicial da existência de cargos por gênero está ultrapassada. Em Mato Grosso do Sul, elas já são maioria em diversos setores e chegaram a cargos até então ocupados só por eles, como: soldadora, operadora de Grua, operadora de Painel e gerente de manutenção. Este último posto é ocupado por Gretta Lee Dias Facholi – primeira mulher a ser promovida a gerente de Manutenção na empresa. 

 

Com 16 anos de Suzano, Gretta chegou a Três Lagoas em 2004, antes mesmo da inauguração da fábrica, para trabalhar como engenheira júnior.

 

“O empoderamento tem relação com crescimento pessoal, entender suas fraquezas e seus pontos fortes. Muitos gestores homens apostaram em mim e cada um que me desafiou, na verdade, ajudou no meu desenvolvimento profissional. E foram muitos os desafios lançados, de forma igual entre homens e mulheres. O que foi muito positivo. Quero ser vista como uma profissional, não só como uma mulher. Quero merecer e que a empresa me queira. Esses sempre foram meus objetivos.”, destacou.

 

Ozenir Costa Rolan é a prova de que, com foco e persistência, é possível superar qualquer obstáculo. Com sete anos de carreira, hoje ela é considerada uma das melhores operadoras de Gruas em Mato Grosso do Sul. “A gente tem que mostrar que é capaz. Esta é a minha área e é o que eu gosto de fazer. Não pode se assustar e tem que estar sempre lutando.  É claro, que fica mais fácil quando tem apoio. A abertura para as mulheres é essencial para mostrar que também podemos”, afirmou.

 

Maternidade

 

Outro estigma que precisa ser superado é a questão da maternidade como obstáculo profissional. Vivian Karla Pasotti Neves, operadora de Painel há quatro anos, é um exemplo que ser mãe não é impedimento para a mulher ou prejuízo para a empresa. Pelo contrário. Quando começou o treinamento na Suzano para ocupar o cargo, ela descobriu que estava grávida. 

 

“Parei com o curso, cumpri a minha licença maternidade e quando voltei, terminei o treinamento e fui promovida. A maternidade não é, e nunca deve ser vista como um problema. Filho não é impedimento para o trabalho, não é preciso escolher entre um e outro”, completou.

 

Igualdade

A promoção da igualdade de gênero é uma das bandeiras da Suzano e já tem dado seus primeiros frutos. Na unidade de Três Lagoas, além de áreas administrativas, elas já são maioria em setores como Planejamento Florestal (80% são mulheres), Viveiro (85%) e Qualidade Industrial (80%).

 

“Iniciamos a nossa operação com 10% de mulheres, em uma época em que a cidade não tinha a cultura de ter mulheres trabalhando em um processo fabril similar ao nosso. Desde então, estamos fomentando a inclusão de mais mulheres. Em 2015, durante a instalação da segunda fábrica, contratamos mulheres na colheita, em posições diversas como operadoras de máquinas, mecânicas, retificadoras de corrente, etc”, destacou Angela Aparecida dos Santos, gerente de Gente e Gestão da Suzano em MS.