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Terça-feira, 05 de Novembro de 2019, 16h:29

Estados e municípios podem receber até R$ 500 bilhões com Pacto Federativo

Valor estimativo seria repassado durante os próximos 15 anos para ser aplicado em setores como saúde e educação

Elaine Silva
Capital News

Marcelo Camargo/Agência Brasil

Estados e municípios podem receber até R$ 500 bi com pacto federativo

Entrega aconteceu nesta terça-feira

Presidente Jair Bolsonaro encaminhou nesta terça-feira (5) Propostas de Emenda à Constituição (PEC) do Pacto Federativo, Emergência Fiscal e a dos Fundos para o Congresso Nacional. O pacote com três propostas tratam de reformas econômicas que atingem diretamente estados e municípios que podem recebem com as mudanças recursos entre R$ 400 bilhões a R$ 500 bilhões nos próximos 15 anos. Após a reforma, os recursos deverão chegar aonde o povo está, para políticas públicas em saúde, educação, saneamento e segurança.

Marcelo Camargo/Agência Brasil

Estados e municípios podem receber até R$ 500 bi com pacto federativo

Paulo Guedes, Jair Bolsonaro e Davi Alcolumbre

O ministro da Economia Paulo Guedes explicou que o objetivo é modernizar o Estado brasileiro para fazer as políticas públicas de forma descentralizada, garantindo as receitas. “O pacto tem várias dimensões, tem a consolidação de uma cultura fiscal, cultura de austeridade e sustentabilidade financeira. Na verdade, nós vamos garantir finanças sólidas para a República brasileira. Ao mesmo tempo, estamos descentralizando recursos para estados e municípios de forma a fortalecer a federação brasileira. As outras dimensões são auxiliares como a reforma administrativa, como o estado de emergência fiscal, como as privatizações”, explicou segundo a Agência Brasil.

Durante a cerimônia de entrega Bolsonaro relato que “ eles, lá embaixo, nos estados e municípios, decidirão o que fazer melhor do que muito de nós, porque eles vivem os problemas do dia a dia na sua base”. 

 

Como as propostas do pacto federativo estão, há meses, sendo debatidas entre a equipe econômica e os líderes partidários, para que comecem a tramitar pelo Senado, o governo abriu mão da autoria do texto. As propostas serão apresentadas pelo líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), e pelo líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO).

 

A PEC do Novo Pacto Federativo, foram entregues ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), a PEC da Emergência Fiscal, ou PEC dos Gatilhos, que define gatilhos automáticos de contenção dos gastos públicos em caso de crise financeira na União, estados e municípios, e a PEC dos Fundos, que revê a vinculação de receitas com 281 fundos públicos em vigor atualmente.

 

Bolsonaro, os ministros e assessores fizeram a pé o caminho entre o Palácio do Planalto e o Senado Federal. Após a entrega dos projetos, o presidente passou rapidamente pelo plenário da Câmara dos Deputados e, também a pé, retornou à sede do Executivo.

 

Tramitação

“Quando o presidente da República traz propostas como essa de descentralização de recursos, e quando o Parlamento vota um tema como cessão onerosa, que também divide recursos da exploração do excedente do petróleo para estados e municípios, são gestos concretos do compromisso e do discurso assegurado pelo governo desde o primeiro dia com a descentralização”, acrescentou o presidente do Senado Davi Alcolumbre (DEM-AP).

 

Sobre o calendário para tramitação das PECs,  Alcolumbre disse que deverá ser definido na quarta-feira (6) em uma reunião na qual espera contar com a participação dos 81 senadores “para recepcionar oficialmente as três propostas”. A expectativa do governo é que o pacto seja aprovado até meados do ano que vem.

 

Previdência

Nesta quarta-feira (6) deve ser votada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa a PEC paralela à reforma da Previdência, que estende as regras para estados e municípios.