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Terça-feira, 18 de Junho de 2019, 14h:38

Senador pelo ES visita comunidades indígenas em MS

Fabiano Contarato pediu perdão pelas violações de direitos, após conhecer as aldeias indígenas

Renato Giansante
De Dourados para o Capital News

reprodução/MPF

Senador pelo ES visita comunidades indígenas em MS

Senador durante a visita as comunidades indígenas de Mato Grosso do Sul

O Senador pelo Espírito Santo, Fabiano Contarato, esteve em Mato Grosso do Sul nos dias 13 e 14 deste mês visitando comunidades indígenas e além de ouvir os problemas encontrados pelos povos, também pediu perdão pelas violações de direitos dos mesmos.

 

Contarato esteve nas comunidades de Laranjeira Ñanderu (Rio Brilhante), Guyra Kambi'y (Douradina), Kunumi (Tey Kuê) e Guyraroká (Caarapó) e Reserva de Dourados (Dourados), todas na região sul de Mato Grosso do Sul.

 

“É preciso derrubar os muros do Congresso e interagir com a população, que é a fonte e destinatária de todo poder político”, disse o senador que foi acompanhado por representantes do Ministério Público Federal (MPF), da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) e da Fundação Nacional do Índio (Funai).

 

Ascom MPF/MS

Senador pelo ES visita comunidades indígenas em MS

Senador Fabiano Contarato junto ao túmulo do indígena Clodiode de Souza, morto em conflito pela terra

A visita também coincidiu com o “aniversário” de três anos da morte do indígena Clodiode Aquileu Rodrigues de Souza durante as ocupações de terras na região de Caarapó. “Eu não posso falar em nome da classe política, eu acho que todos os políticos e agentes públicos deviam pedir perdão aos indígenas, mas em meu nome eu peço perdão a vocês”, pediu em visita ao túmulo de Clodiode.

 

O senador ouviu relatos dos indígenas sobre os aspectos mais críticos enfrentados pelas comunidades, como a questão fundiária, a demarcação de terras, a violência, o não atendimento dos indígenas pelo aparato policial estadual (atendimento emergencial pelo 190) e a aplicação de agrotóxicos sobre ou nas proximidades de aldeias. O também presidente da Comissão de Meio Ambiente do Senado Federal comentou sobre a questão que defende.

 

“É defender as vidas que ainda estão por vir. Ser cidadão não é apenas viver em sociedade mas mudar esta sociedade. Veja as comunidades indígenas, como sofrem as mais variadas violações de direitos, sem acesso à terra, aos direitos mais básicos como água e luz. Os indígenas são a prova mais cabal de que no Brasil a lei fala que todos são iguais, mas uns são mais iguais que os outros. Eu não posso conceber que a gente possa dormir tranquilamente com comunidades indígenas vivendo na mais pura miséria”, concluiu.