Os preços dos ovos encerraram a primeira quinzena de julho em queda em todas as regiões monitoradas pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). A principal causa é a demanda reduzida, especialmente durante o período de férias escolares, o que levou produtores a conceder descontos para escoar a produção.
Segundo analistas do Cepea, mesmo com as temperaturas mais baixas — que normalmente reduzem o ritmo de produção — o lento escoamento das vendas internas aumentou a pressão sobre os preços.
Outro ponto de atenção para o setor são as tarifas anunciadas recentemente pelo governo dos Estados Unidos. No primeiro semestre de 2025, o mercado norte-americano foi responsável por 61% das exportações brasileiras de ovos, um volume que já acumula crescimento de 1.274% em relação ao mesmo período de 2024.
Apesar da preocupação com os efeitos da nova medida sobre o comércio exterior, especialistas reforçam que as exportações de ovos ainda representam menos de 1% da produção nacional, o que sugere que o impacto no mercado interno, pelo menos num primeiro momento, será limitado.
O setor, no entanto, segue atento aos desdobramentos e possíveis reflexos nas negociações internacionais e nos preços domésticos.