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Cotidiano Quarta-feira, 17 de Agosto de 2022, 18:35 - A | A

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Preocupação

Risco de surto de pólio preocupa especialistas; prevenção é possível com vacinação

Professora do curso de Enfermagem da Anhanguera explica de que forma acontece a transmissão do vírus

Iury de Oliveira
Capital News

Assessoria

Risco de surto de pólio preocupa especialistas; prevenção é possível com vacinação

Vacina contra a pólio

O caso de poliomielite identificado nos Estados Unidos e a queda na taxa de vacinação no Brasil reacenderam uma preocupação que havia sido sanada no início dos anos 1990, quando a doença foi considerada oficialmente eliminada no País. A meta anual de imunização deve contemplar 95% das crianças brasileiras, porém, essa porcentagem ficou em 76,05% em 2020 e 67,71% em 2021, segundo o DataSUS. A tendência é que continue havendo diminuição nesse índice.

 

A professora do curso de Enfermagem da Faculdade Anhanguera, professora Bertha Borges, explica que a transmissão acontece por meio de um vírus presente em água e alimentos contaminados por fezes e pode atingir pessoas de todas as idades. “A Poliomielite, também chamada de pólio ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada por vírus, que pode infectar crianças e adultos por meio também de secreções eliminadas pela boca das pessoas doentes e provocar ou não paralisia. Nos casos graves, em que acontecem as paralisias musculares, os membros inferiores são os mais atingidos”, pontua.

 

Alguns indivíduos não ficam doentes ou apresentam sintomas, mesmo contaminados pelo poliovírus, que se aloja no intestino. Os grupos que desenvolvem a doença podem confundir os sinais do problema com os de uma gripe, como febre e dor de garganta, além de enjoos, vômitos e dores abdominais. Casos graves podem provocar sequelas permanentes, como paralisia muscular dos membros inferiores, insuficiência respiratória e, até mesmo, a morte.

 

Prevenção

A ação de enfermeiros qualificados é voltada para a prevenção da poliomielite, que é possível por meio da vacinação. As doses acontecem a partir dos 2 meses de vida do bebê e são reforçadas até os 5 anos de idade, com aplicações em via oral e injetável. “O profissional graduado irá acompanhar a atualização do cartão de vacinação e prestará orientações aos pacientes sobre os serviços de saúde públicos disponíveis. A vacinação é a única forma de prevenção da poliomielite”, pontua.

A doença não tem tratamento específico, portanto, é importante criar hábitos de higiene pessoal e contar com boas condições de habitação e saneamento básico. A vacina faz parte do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde e é aplicada de forma rotineira nos postos da rede municipal.

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