Por meio da parceria entre a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) e o Conselho Regional de Farmácia de Mato Grosso do Sul (CRF-MS), serão ampliadas as ferramentas de combate ao Aedes aegypti em Campo Grande. Conforme a administração municipal, as equipes de profissionais de farmácias serão capacitadas para receber denúncias de focos e criadouros do mosquito, e poderão notificar casos suspeitos de Dengue, Zika, Chykungunia assim como outras doenças transmitidas pelo mosquito.
Com a adesão das farmácias, o quadro de pessoas que integram o projeto “Colaborador Voluntário”, da Prefeitura Municipal de Campo Grande será ampliado, assim os voluntários poderão combater o mosquito em seus locais de trabalho, residências e ambientes que frequentam.
Secretário municipal de saúde, José Mauro Filho destaca a importância do projeto. “Através desta ferramenta, teremos um conhecimento mais abrangente dos terrenos que estão abandonados e sem manutenção, com criadouros do Aedes e minimizaremos a subnotificação dos casos de arboviroses em Campo Grande”, explicou via assessoria.
De acordo com a administração municipal, mesmo sendo pontos de denúncia e notificação, os profissionais que atuam nas farmácias poderão orientar à população sobre quais os meios oficiais que devem recorrer para realizarem denúncias. “Nos casos de sintomas leves da dengue, que muitas vezes a pessoa não vai até uma unidade de saúde, o paciente receberá a orientação adequada e será orientado sobre os riscos”, completa José Mauro Filho.
Superintendente de vigilância em saúde, Veruska Lahdo ressalta que a ferramenta será um importante aliado no combate ao mosquito. “A parceria já existe há algum tempo entre a Sesau e as farmácias, mas neste ano iremos começar a ampliar também para o combate ao Aedes, com a notificação de casos suspeitos das doenças transmitidas pelo Aedes”, destacou.
Em Campo Grande o número de casos confirmados de dengue é 97% menor que em 2020, ano em que houve a segunda epidemia seguida do vírus. Segundo a prefeitura, entre os meses de janeiro a 7 de dezembro foram contabilizados 394 casos da doença, o menor número de toda a série histórica, iniciada em 2015.
Ainda conforme os dados o total de casos suspeitos também apresentou uma redução de 76% menor em relação ao ano anterior, quando foram 20.198 notificações.