A pesca está proibida a partir deste sábado (1º) no Rio Paraná devido ao início do período de Piracema, quando os peixes sobem os rios para reprodução. Nos demais rios de Mato Grosso do Sul, o defeso começa na próxima quinta-feira (5) e segue até fevereiro de 2026, conforme o Decreto nº 15.166, de fevereiro de 2019.
A medida busca preservar as espécies nativas e o equilíbrio ambiental, evitando a captura durante a fase reprodutiva, que é essencial para a manutenção da biodiversidade e para a sustentabilidade da pesca no estado. Em outras regiões do país, o defeso já começou desde o início de outubro.
O termo Piracema vem do Tupi-Guarani (pirá-acema), que significa “a saída do peixe”. É o fenômeno natural em que os peixes migram rio acima para desovar, enfrentando cachoeiras e corredeiras. Essa movimentação, marcada por saltos e barulhos característicos, é um dos períodos mais importantes para a renovação da vida aquática.
Segundo a Polícia Militar Ambiental (PMMS), durante a Piracema fica proibida toda e qualquer modalidade de pesca, incluindo pesque e solte, pesca amadora e pesca profissional. Também é vedado o transporte de pescado.
O capitão Ortiz, da PMMS, destaca que há apenas uma exceção: “A única exceção é para a captura de espécies exóticas nos lagos das usinas de Jupiá e Sérgio Mota”, explica.
A pesca de subsistência permanece permitida apenas para famílias ribeirinhas que dependem do pescado para alimentação, sem autorização para estocagem ou comércio.
Durante o período, os amantes da pesca podem optar pelos pesqueiros, que continuam funcionando em duas modalidades: pesca esportiva, com devolução do peixe ao lago, e pesque e pague, em que o pescado pode ser adquirido após a captura.
Com a chegada das chuvas e o aumento da oxigenação das águas, os rios de Mato Grosso do Sul entram em um dos ciclos mais importantes da natureza — quando preservar é garantir a fartura das próximas temporadas de pesca.
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