A convivência harmônica entre seres humanos e animais silvestres ganhou um novo aliado em Mato Grosso do Sul. A Secretaria de Estado de Saúde (SES), por meio da Coordenadoria de Saúde Única, lançou oficialmente o Guia de Boas Práticas para a Coexistência entre Seres Humanos e Quatis. A iniciativa inédita conta com a parceria do Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS) e do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (IMASUL), e tem como objetivo orientar a população sobre interações seguras, éticas e responsáveis com os quatis, comuns em áreas urbanizadas do estado.
O material traz recomendações baseadas em evidências científicas e princípios da conservação ambiental, reforçando o conceito de Saúde Única – abordagem que reconhece a interdependência entre a saúde humana, animal e ambiental. O guia apresenta desde informações sobre o comportamento natural dos quatis até os riscos sanitários que surgem de práticas inadequadas, como a alimentação artificial e o contato físico com os animais.
“O lançamento deste guia representa um importante avanço na promoção da convivência harmônica entre a população e a fauna silvestre urbana”, afirmou Larissa Castilho, superintendente de Vigilância em Saúde da SES. “Com informação acessível e embasada, buscamos reduzir riscos em saúde e fortalecer a consciência coletiva sobre a importância da conservação da biodiversidade nos territórios em que vivemos”, completou.
A coordenadora de Saúde Única da SES e uma das autoras do guia, Danila Frias, destacou o caráter transformador da publicação. “A coexistência harmoniosa com os quatis é possível, mas exige conhecimento, respeito e mudança de comportamento. Este guia nasce como uma ferramenta educativa e transformadora, integrando ciência, conservação e saúde pública”, disse.
Dados técnicos mostram que o oferecimento de alimentos por humanos pode causar sérios danos aos animais. “Uma alimentação inadequada pode causar doenças, alterar o comportamento natural e aumentar os riscos de zoonoses. O guia mostra que proteger os quatis é também proteger a nós mesmos”, alertou Aline Duarte, médica veterinária do CRAS e colaboradora do material.
O diretor-presidente do IMASUL, André Borges, também ressaltou a importância da iniciativa. “O guia reforça a importância de se entender que a convivência com a fauna exige responsabilidade. Em tempos de urbanização crescente, a orientação da população é fundamental para garantir tanto a proteção dos animais quanto a segurança das pessoas”, declarou.
Já Vander Melquíades, gerente de Recursos Pesqueiros e Fauna do IMASUL, reforçou o alinhamento da proposta com a missão institucional. “Nosso papel é promover a conservação da fauna de forma integrada à realidade social. O guia é uma ferramenta educativa que fortalece a consciência ambiental e a preservação dos nossos ecossistemas.”
Disponível gratuitamente nos sites da SES (www.saude.ms.gov.br) e do IMASUL (www.imasul.ms.gov.br), o material será utilizado em campanhas de conscientização e ações educativas ao longo de 2025.
Com essa iniciativa, Mato Grosso do Sul se destaca como pioneiro no país ao consolidar um setor específico dentro da Secretaria de Saúde voltado à integração entre saúde humana, animal e ambiental.
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