O leilão de 17 sucatas da Vasp foi encerrado nesta segunda-feira (30/9) e resultou na arrecadação de quase R$ 2 milhões, que serão destinados ao pagamento de credores da massa falida da empresa aérea.
A expectativa do juiz da 1ª Vara de Falências e Recuperação Judicial, Daniel Carnio Costa, responsável pelo processo de falência da Vasp, é que as aeronaves sejam removidas dentro de aproximadamente 30 dias, no estado em que se encontram neste momento.
Praticamente todos os aviões foram vendidos por valor bastante acima da avaliação inicial – estabelecido na proporção de R$ 1 mil por tonelada – tendo girado entre R$ 15 mil e R$ 60 mil. Ainda está pendente de avaliação judicial um Boeing estacionado no aeroporto de São Luís/MA e que também integra a massa falida da Vasp.
Essas aeronaves integram o universo de 53 aviões de grande porte, sem condições de navegação, que estão paradas em 11 aeroportos brasileiros. Elas são alvo do Programa Espaço Livre – Aeroportos. A meta do corregedor nacional de Justiça, ministro Francisco Falcão, é remover todas elas até 31 de dezembro deste ano. A iniciativa tem apoio, também, do Ministério da Defesa, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), do Comando da Aeronáutica, do Tribunal de Contas da União (TCU), do Tribunal de Justiça de São Paulo e do Ministério Público de São Paulo.
A aeronave mais cara foi um Airbus A300, prefixo PP-SNM, que está estacionado no aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. Ele foi arrematado por R$ 556.000, contra avaliação inicial de R$ 60 mil.
Os outros aviões são Boeing 737-200. O melhor preço final foi obtido pela aeronave de prefixo PP-SMH, que está no Aeroporto Internacional de Brasília. Avaliada inicialmente em R$ 28 mil, foi arrematada por R$ 175 mil.
Os 17 aviões estão no pátio dos seguintes aeroportos: Cumbica, em São Paulo (4, sendo um deles o Airbus), Salvador (3), Brasília (3), Recife (2), Manaus (2), Viracopos, em Campinas/SP (1), Galeão, no Rio de Janeiro/RJ (1) e Confins, em Belo Horizonte/MG (1).
Para a realização do leilão, todos eles foram vistoriados e classificados pela Anac como não aeronavegáveis.