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Cotidiano Quarta-feira, 26 de Junho de 2019, 11:46 - A | A

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Desassoreamento

Imasul retira e monitora peixes que habitavam lago do Parque das Nações Indígenas

Animais aquáticos foram realocados temporariamente no lago menor até o fim da obra.

Flavia Andrade
Capital News

Deurico Brandão/Capital News

Imasul retira e monitora peixes que habitavam lago do Parque das Nações Indígenas

Animais aquáticos foram retirados do Lago Maior.

Nesta quinta-feira (20), os técnicos do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) realizaram a retirada e monitoramento dos peixes que habitavam o lago principal do Parque das Nações Indígenas. Com o início das obras para desassorear o lago, as remoções foram necessárias para que os peixes fossem depositados no lago menor, pouco abaixo do lago principal.

 

De acordo com o gerente de Recursos Pesqueiros do Imasul, Vander Fabrício de Jesus, “São milhares, diria que pelo menos 10 mil peixes, claro que a grande maioria de pequeno porte. Estão sendo monitorados para que não falte oxigênio nem alimento”. 

 

Ao todo, foram identificadas 13 espécies de peixes pelos técnicos, sendo algumas consideradas invasoras, como tilápia, carpa e pacu. “Essa é uma região de nascente, não é normal ocorrer espécies como o pacu, que embora seja nativo de nossa bacia, é um peixe de rio. Com certeza esses exemplares foram soltos aqui no lago”, disse Vander. Também foram retirados cágados, réptil da mesma família das tartarugas e que são comuns em lagos.

 

Deurico Brandão/Capital News

Imasul retira e monitora peixes que habitavam lago do Parque das Nações Indígenas

Animais aquáticos foram realocados temporariamente no lago menor até o fim da obra.

Os animais aquáticos retirados do lago maior aguardam, no lago menor, o fim das obras de desassoreamento para serem devolvidos ao antigo habitat. “Estamos monitorando diariamente, são cinco servidores do Imasul, além dos funcionários administrativos do Parque, envolvidos nessa tarefa. Já estamos prontos para entrar com oxigenação da água se for preciso, ou mesmo alimentar os peixes temporariamente com ração. Além disso, temos um caminhão pipa pronto para ser acionado e jogar água se o nível do lago começar a baixar muito”.

 

Ainda segundo o técnico Vander, “a população tem sido exigente com relação ao tratamento que precisa ser dado aos animais do Parque como um todo, incluindo os peixes, o que considera extremamente positivo porque poderia revelar o nível de consciência ambiental do campo-grandense. Uma verdade lamentável que a lama do lago encobria, no entanto, pode derrubar essa afirmativa. Há uma enorme quantidade de lixo no lago, desde pneus, muito plástico, garrafas. Encontramos até um aparelho celular. Acredito que seja o momento ideal para o campo-grandense refazer sua relação com a natureza e passar a ter uma postura de mais respeito com o nosso parque”, conclui.

 

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